A Audi finalmente completou a gama de modelos RS no Brasil com a chegada dos poderosos RS6, RS7, RS Q3, RS Q8, TT RS e R8, cujas entregas deverão ocorrer entre setembro deste ano e janeiro de 2021 dependendo do modelo.
Tivemos um breve encontro com cada um deles no autódromo da Fazenda Capuava, no interior de São Paulo, onde cada modelo apresentou traços de suas personalidades explosivas e desempenho pra lá de impressionante.
Os SUVs RS Q3 e RS Q8 deverão estar entre os mais vendidos da nova linha no Brasil. O RS Q3 marca a estreia da carroceria Sportback no Brasil e traz a versão mais recente do icônico cinco cilindros de 2,5 litros turbo com 400 cv. E o menor dos SUVs esportivos da Audi fez bonito na pista, a despeito da potência menor em relação ao restante do grupo. Custará R$ 465.990, o mais barato do grupo.
O modelo é ágil e traz um conjunto equilibrado. Na pista, o RS Q3 é o mais fácil de “domar”, com reações previsíveis e reações poderosas para um modelo compacto. O centro de gravidade mais alto faz o modelo balançar um pouco mais do que um hatch ou sedã, mas dificilmente o RS Q3 vai dar algum susto.
Já o RS Q8 beira a “ignorância” com 600 cv extraídos do V8 de 4,0 litros biturbo. O SUV é enorme e pesado, com quase 2,5 toneladas. Na pista, não esconde o tamanho, mas tem reações surpreendentes para um modelo com suas dimensões.
Com itens como eixo traseiro direcional e freios de carbono-cerâmica, o RS Q8 navega pelas curvas com notável destreza e quase faz o motorista esquecer a enorme massa se desolcando a velocidades elevadíssimas. A aceleração de 0 a 100 km/h em apenas 3,8 segundos dá a dica do poderio sob o capô. Só prepare o bolso, já que o RS Q8 parte de R$ 902.990, antes da adição de opcionais. Apenas os freios de cerâmica adicionam R$ 75 mil a este montante.
Os RS6 e RS7 mostram comportamento parecido na pista e também impressionam. A dupla traz o mesmo conjunto do RS Q8, e mostra comportamento ligeiramente mais dócil nas curvas, graças ao centro de gravidade mais baixo. As reações, no entanto, também são explosivas e os modelos são ainda mais rápidos. Aceleram de 0 a 100 km/h em cerca de 3,6 segundos e parecem não se esforçar para isso.
É possível beirar os 180 km/h no fim da curta reta do autódromo, antes de encarar a sequência de curvas com muita competência. Nas ruas, será difícil explorar todo o poder dos dois modelos, e vai sobrar força em qualquer situação.
A perua parte de R$ 793.990 e o cupê R$ 839.990, também antes da adição de opcionais.
Já o R8 confirma a posição de topo de linha da marca, com um V10 de 610 cv em posição central-traseira e visual pra lá de instigante. Embora a potência não seja tão superior à dos outros modelos, o V10 de aspiração natural tem reações mais brutas, além de um ronco sensacional.
Todos os R8 vendidos por aqui têm o pacote Performance, que deixam o R8 ainda mais afiado. Por dentro, os bancos são do tipo concha, com encosto fixo e estrutura de fibra de carbono para diminuir peso. Os ajustes são manuais pelo mesmo motivo.
E mesmo na pista é difícil extrair todo o potencial do R8. O modelo brilha nas curvas e retas do traçado e mostra porque deverá continuar na gama da marca. O câmbio é de dupla embreagem e sete marchas, com trocas rápidas e que chegam a dar trancos quando o modo mais “selvagem” é acionado.
No entanto, quem quiser uma unidade deverá esperar um pouco mais. Todas as 25 destinadas ao mercado brasileiro já foram reservadas, mesmo custando R$ 1.234.990.
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