É uma receita garantida: chuva intensa por algumas horas, e fotos e vídeos de carros empilhados e/ou danificados pelo alagamento logo em seguida.
Só que as imagens que circularam nas redes sociais na última segunda (11) chamaram mais a atenção, por envolver uma concessionária da GM em São Caetano do Sul (SP).
Nas fotos é possível ver diversos carros com o interior tomado pela lama, sendo que a maioria era zero-quilômetro. E, logo após o sentimento de dó, muitos têm a mesma questão: e como fica o seguro?
Segundo Sidney Cezarino, diretor de riscos da Tokio Marine, é possível que o estabelecimento tenha proteção para esses imprevistos.
“No seguro empresarial há uma cobertura denominada pátios, que mediante uma criteriosa análise caso a caso, pode incluir uma extensão para danos causados por alagamentos”, explica.
Essas coberturas podem, inclusive, incluir carros deixados por cliente em consignação, quando a concessionária não é proprietária do veículo.
Cezarino também destacou os entraves de diminuir o risco de alagamentos nesse tipo de situação.
“É possível adotar ações de gerenciamento como estudo da disposição dos veículos nos pátios, descentralização/limitação de número de veículos nos pátios, plano de contingência para movimentação emergencial dos veículos, colocação e obstáculos a entrada de água”, conclui.
Outro lado
QUATRO RODAS procurou nesta segunda (11) a Primarca, concessionária que aparece nas imagens, para esclarecer se o carros tinham seguro e o que será feito com veículos já vendidos ou consignados.
Por conta da falta de energia elétrica na região, a revenda só conseguiu retornar o contato hoje (12). A Primarca afirmou que todos os carros danificados eram segurados.
Segundo a concessionária, o seguro dos veículos novos é de responsabilidade da GM, enquanto os 20 carros seminovos tinham apólice da própria revenda.
A Primarca também afirmou que já foi feita a limpeza da loja e que os serviços de oficina devem retornar tão logo a energia elétrica seja reestabelecida no local.
Em nota, a ABRAC (Associação Brasileira de Concessionários Chevrolet) afirmou que não há um procedimento padrão entre os concessionários da GM para esse tipo de situação.
O grupo afirmou que isso depende da gestão administrativa de cada revenda.
Já a GM não se posicionou oficialmente sobre o tema até a publicação desta reportagem.