Os carros que não veremos mais em 2017
Enquanto alguns já se foram, outros partirão ao longo do ano que está prestes a começar
BMW Z4 – Ele foi apresentado ao mundo em 2002 para substituir o finado Z3, que deixou de ser produzido no mesmo ano – diferentemente do antecessor, o Z4 permaneceu o dobro do tempo em linha, 14 anos contra 7. Mesmo tendo saído de linha já há algum tempo (agosto de 2016), ainda há unidades do modelo em estoque do mundo todo, incluindo a Alemanha e o Brasil. Justamente por isso, seu substituto (cotado para ser chamado de Z5) não deverá ser revelado antes de 2018.
Chevrolet Classic – O nome tinha exatos 12 anos – existia desde 2004, dois anos após a chegada da segunda geração do Corsa ao Brasil. O visual, porém, era quase o mesmo desde 1995 (21 anos!), salvo pela reestilização sofrida em 2010. As estamparias de portas, teto, além do interior, continuavam praticamente intocados de quando o sedã nasceu, como Corsa. Saiu de linha em 2016, após aproximadamente 1,5 milhão de unidades produzidas.
Fiat Freemont – Um Dodge Journey simplificado, com motor menor e emblemas modificados nunca fez muito sentido nas lojas da Fiat. O Freemont chegou ao Brasil em 2011, com a intenção de elevar a aura da marca, mas não deu certo. Apesar de ainda não existir um posicionamento oficial da marca a respeito, o utilitário deverá ser descontinuado em 2017, deixando para a Toro o cargo de carro mais caro da linha Fiat. Há boatos de que uma versão de cabine fechada da Toro seria seu substituto.
Fiat Linea – Não é de hoje que algumas concessionárias liquidaram seus estoques do Linea sem medo de afirmar que um novo sedã vem aí para ocupar a lacuna deixada por ele. Isso ficará a cargo do X6S, um três volumes derivado do projeto X6H, que chegará às lojas em 2017. Desde que foi lançado no Brasil, em 2008, o Linea recebeu críticas a respeito do espaço interno e do câmbio Dualogic, e nunca conseguiu fazer frente aos sedãs médios líderes do mercado.
Fiat Punto T-Jet – Pouco atualizado ao longo de sua vida, o Punto T-Jet era equipado com um motor 1.4 turbo de 152 cv e 21,1 mkgf que antecedeu a onda do downsizing por aqui, mas acabou não recebendo injeção direta nem comando variável. Suas características de dirigibilidade, porém, sempre foram elogiadas, assim como o visual: a carroceria arredondada e os adereços esportivos, como rodas, saias e aberturas nos para-choques, davam aspecto venenoso ao hot hatch. Lançado em 2009, saiu de linha em 2016 com a chegada da linha 2007.
Fiat Siena EL – Era quase o mesmo caso do Classic. Debaixo do visual atualizado (de 2007), o Siena EL não passava do Siena lançado em 1997, derivado do Palio de 1996. No entanto, ele era vendido como uma configuração de entrada do sedã – que ganhou uma nova geração rebatizada, o Grand Siena, que acaba de receber uma nova versão de entrada com motor 1.0.
Geely – Foram dois anos e pouco mais de mil unidades vendidas entre a estreia e a saída da marca do mercado brasileiro. Sua chegada foi com muita pompa, em 2014, durante o Salão do Automóvel de São Paulo, em um estande espaçoso e repleto de novidades. Algumas, porém, nem tiveram tempo de chegar às lojas – durante o período que permaneceu em solo brasileiro, a Geely comercializou apenas o sedã EC7 e o hatch GC2 (foto).
Honda Civic Si – A versão esportiva do Civic nunca teve grandes volumes de vendas, especialmente com carroceria cupê. O modelo chegou por aqui em 2014, com motor 2.4 aspirado de 206 cv, para peitar o Golf GTI, com seu 2.0 turbo de 200. Um ano depois, no entanto, boatos já davam conta de que a marca teria parado de importar o esportivo – na prática, ele está disponível até hoje no site da Honda no Brasil. A chegada da nova geração do Civic, porém, sinaliza o fim do atual Si no Brasil.
Nissan Altima – Pouca gente se lembrava, mas até pouco tempo atrás o Altima era vendido pela Nissan no Brasil. O sedã grande era comercializado desde 2013 por menos de R$ 100.000, ou seja, com preços abaixo das versões topo de linha dos sedãs médios. Mesmo assim, com grandes dimensões, luxo e motor potente, não conquistou o público brasileiro.
Renault Clio – Quase 17 anos depois de sua chegada, o Clio dá adeus ao Brasil. O compacto, que revolucionou ao oferecer airbags de série em pleno 1999, terminou sua longa passagem como o carro mais barato da marca no país e com (quase) o mesmo visual de quando desembarcou por aqui – ao longo dos anos, foram duas reestilizações significativas. Sua produção foi encerrada neste ano na Argentina.
SsangYong – Certamente você já torceu o nariz para algum modelo da SsangYong pelas ruas. Presente no Brasil desde 2001, a marca é a responsável pelos polêmicos Musso, Rodius, Actyon (foto) e Actyon Sports, além do belo Korando. O que muita gente não sabe, porém, é que os carros da sul-coreana têm mecânica Mercedes-Benz – ou o motor 2.0 diesel, mais especificamente. Deixou de ter representação oficial no Brasil em 2015 mas, caso você se interesse por algum SUV da marca, pode encontrá-los em algumas revendas Mercedes.
Volkswagen Gol – Não, o Gol não deixará de existir – mas o modo como nós o conhecemos hoje, sim. A próxima geração do hatch, prevista para chegar ao mercado em 2017, deixará de ser popular como o Gol sempre foi. Ele passará a ocupar alguns degraus acima, sendo uma espécie de Polo europeu tropicalizado.