Peruas, minivans e sedãs médios manuais devem ser extintos
Seja por mudanças no mercado, seja pela chegada de novos predadores, alguns modelos desapareceram (ou estão desaparecendo) das lojas
Arara-azul, onça-pintada e mico-leão-dourado são exemplos de animais em extinção no Brasil. Já na fauna automotiva, algumas espécies também correm o risco de sumir (ou até já sumiram) do mapa. E não estamos falando apenas de números de vendas, mas de modelos à disposição do consumidor.
Dizimadas pelos SUVs, é cada vez mais raro avistar peruas nas lojas. Com a provável despedida da SpaceFox (agora vendida em uma versão) para breve e o fim da fabricação da Fiat Weekend. O segmento de peruas de entrada não deve ter nenhum representante.
Ao todo, foram 1.578 SpaceFox de janeiro a novembro, e 3.286 da Weekend, segundo a Fenabrave. A Fiat vendeu, em praticamente o ano todo, o que o Renegade fez só em novembro (3.423 unidades).
Golf Variant, A4 Avant, Classe C Estate e V60 fazem parte de um nicho premium. As minivans vão pelo mesmo caminho e permanecem apenas Chevrolet Spin, JAC J6 (perto de ser descontinuada) e Citroën C4 Picasso.
Quem também vem sumindo são os sedãs médios com câmbio manual –afinal, esse público prefere o conforto do câmbio automático. Segundo um estudo encomendado por QUATRO RODAS 97% dos sedãs médios vendidos são automáticos.
Agora, há apenas o Honda Civic Sport, de R$ 87.900, que emplacou 682 unidades das 22.985 da linha Civic, segundo a consultoria Jato. Ou seja, 3% do mix. Por isso, as versões mecânicas de C4 Lounge e Jetta deixaram de ser oferecidas recentemente.
Já os compactos de entrada extinguiram de vez suas configurações de duas portas em prol da praticidade das quatro portas. O VW Up!, por exemplo, sai da fábrica de Taubaté (SP) com duas portas apenas para a exportação – entre outros países, ele é vendido na Argentina.