O Latin NCAP acaba de anunciar os resultados da sétima fase de seus crash-tests. Para a Peugeot, uma má notícia: o 208 nacional recebeu apenas duas estrelas, ante as quatro que o exemplar tinha alcançado nas primeiras avaliações de 2014. O rebaixamento da nota foi devido à dois fatores: a metodologia mais rigorosa do instituto, que inclui novos testes de colisão lateral e obrigatoriedade de controle de estabilidade, e a estrutura de segurança simplificada do modelo produzido no Brasil.
LEIA MAIS:
>> Kwid tira nota zero em crash-test; Renault cita reforços e mais segurança no Brasil
>> Impressões: novo Peugeot 208 1.2 é bom para os olhos e também para o bolso
>> Nova Ranger obtém três estrelas em fase mais rigorosa do Latin Ncap
Na nova avaliação, o 208 (modelo anterior ao mais recente facelift) equipado com duplo airbag frontal conseguiu apenas duas estrelas para o ocupante adulto e três estrelas para proteção de crianças. O hatch repetiu o bom desempenho no teste de colisão frontal a 64 km/h, porém, foi mal nos testes de impacto lateral a 50 km/h. Segundo o Latin NCAP, isso é fruto da retirada dos reforços estruturais das portas em comparação ao 208 europeu, o que resultou na perda de uma estrela (a outra estrela foi perdida pela ausência do controle de estabilidade).
No impacto frontal, as cabeças do motorista e do acompanhante foram bem protegidas, mas mostrou proteção marginal na área do tórax, além de os joelhos dos passageiros terem a possibilidade de se chocar contra o painel. Já no teste de colisão lateral, a ausência dos reforços nas portas resultou na fraca proteção da cabeça e do peito. Por outro lado, a carroceria se mostrou estável nos impactos frontais.
Kia Picanto
Outro modelo avaliado foi o Kia Picanto na sua configuração básica, ou seja, sem airbags e freios ABS – que não é vendida no Brasil, pois a legislação nacional tornou obrigatórios tais equipamentos. O subcompacto importado da Coreia do Sul para diversos países da América do Sul zerou nos testes para adulto e crianças. As avaliações mais rigorosas e a falta de itens mínimos de segurança culminaram para o mal resultado, mesmo que a estrutura da carroceria tenha se mostrado “estável” na batida frontal.