Peugeot E-Rifter é tudo que um Fiat Doblò elétrico gostaria de ser
A variante de passageiros do furgão E-Partner tem visual renovado para ficar mais descolada enquanto transporta a família toda — e um pouco mais
Para quem não conhece, o Peugeot E-Rifter é a minivan elétrica que, na Europa, preenche o espaço da versão de passageiros do E-Partner. Por aqui ainda seguimos somente com o Partner Rapid, mas já conhecemos o seu irmão italiano, o Fiat E-Scudo, com quem o E-Rifter compartilha a mecânica ainda que sua proposta seja diferente.
Isso significa que o Peugeot elétrico é feito sob a plataforma EMP2, com motor elétrico de 136 cv que traciona as rodas dianteiras. O sistema é alimentado por uma bateria de 50 kWh, que agora é capaz de oferecer 320 km de autonomia — antes eram 180 km — graças ao novo sistema de frenagem regenerativa e a adição de uma bomba de calor que diminui o consumo do ar-condicionado.
A carga completa pode ser feita em até 5h em tomadas convencionais usando uma wallbox de 11 kW. Mas a Peugeot também diz que o modelo é compatível com carregadores de 100 kW que usam corrente contínua, podendo ir de 0 a 80% de carga em apenas 30 minutos.
Além das inovações na bateria, a Peugeot também trabalhou para melhorar o visual do E-Rifter. Ao melhor estilo Fiat Doblo Adventure, a minivan francesa tenta ser mais descolada, abusando de uma identidade visual aventureira para ficar mais próximo de um SUV.
Isso fica mais nítido ao repararmos nos fortes vincos nas caixas de roda e nas laterais das portas, além das molduras pretas nos para-lamas e para-choques, na barra no teto e na “elevada distância ao solo”, como informou a montadora.
A Peugeot também aproveitou para introduzir sua nova linguagem visual ao E-Rifter: os faróis ficaram menores e não tem mais a “presa de leão”. No seu lugar, as DLRs viraram três pequenas “garras” de LED na parte superior do conjunto óptico. A grade, totalmente fechada, continua pequena, mas teve seu desenho interno mudado, assim como o logo antigo, que deu lugar ao mais recente.
A traseira não teve mudanças muito significativas, mantendo-se praticamente igual. Para facilitar o acesso, o grande vidro traseiro pode ser aberto e todas as versões da minivan têm portas laterais deslizantes.
Por falar em versões, o E-Partner estará disponível com duas distâncias entre eixos: a Standard, com 4,40 m de comprimento, e a Long, com 4,70 m. Ambas terão variantes de cinco e sete lugares, que ainda se diferenciarão na quantidade de espaço para passageiros e para carga. Enquanto na configuração Standard de cinco lugares há 775 l para bagagens, a Long com todos os assentos traseiros abaixados pode acomodar até 4.000 l.
O interior não foi mostrado, mas a montadora revelou algumas novidades. Entre elas, estão as duas telas de 10’’ — uma para o quadro de instrumentos e outra para a central multimídia — e o novo volante, mais compacto e com aquecimento.
Entre os equipamentos, vale destacar o detector de fadiga, leitura de placas, assistência à manutenção de faixa, controle de cruzeiro adaptativo e frenagem automática de emergência com detector de pedestres e ciclistas. Estacionar também está mais fácil, já que foram introduzidos 12 sensores distribuídos entre traseira e dianteira e uma nova câmera de ré de alta definição.
Como a Stellantis descontinuou seus utilitários a combustão na Europa no ano passado, por lá, não há chances de vermos um E-Rifter com motores a gasolina ou diesel como ocorreu na geração passada. Por outro lado, eles viriam bem a calhar em mercados como o nosso.
No Brasil, a Peugeot ainda não vende nenhuma minivan de passageiros, enquanto a sua versão comercial, o Partner é basicamente uma variante da Fiat Fiorino. Os comerciais maiores, Boxer e Expert, já estão à venda, com o segundo tendo até uma versão elétrica.