Divisão de entrada da Chrysler, a Plymouth era conhecida nos anos 60 por oferecer requinte e performance a preços módicos. Acompanhando a tendência dos muscle cars, a marca popular oficializou sua entrada no segmento em 1967, coroando o modelo Belvedere com a versão esportiva GTX. Produzido na fábrica de St. Louis, o GTX recebia a grade dianteira de quatro faróis e a parte traseira do modelo Satellite, até então o topo de linha da Plymouth. Além destes, a rica caracterização esportiva era formada por entradas de ar sobre o capô (só estéticas), bocal de combustível com abertura rápida e faixas decorativas opcionais.
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O interior exibia velocímetro de escala horizontal e limite de 150 mph (240 km/h) e conta-giros montado sobre o console central. Sob o capô estava o cultuado motor Super Commando 440, com 7,2 litros de cilindrada e 375 cv, capaz de levar o GTX de 0 a 100 km/h em cerca de 6 segundos. Limitada pela relação final da transmissão, a velocidade máxima era de 192 km/h. O comportamento dinâmico estava entre os melhores da época: suspensões recalibradas como item de série e freios a disco dianteiros oferecidos como opcional. Os iniciados reprovavam a assistência exagerada da direção hidráulica, mas gostavam de poder escolher entre o câmbio automático de três marchas ou o manual de quatro. O opcional mais caro era o lendário motor Hemi 426, menor em cilindrada (7 litros), mas com câmaras de combustão hemisféricas que elevavam a potência a 425 cv. Também era oferecido na rara versão Super Stock: calotas, rádio, ar quente, isolamento térmico e carpete eram removidos para diminuição de peso e as entradas de ar no capô se tornavam funcionais.
O GTX surgiu todo redesenhado em 1968: a linha de cintura curva da carroceria aderia ao estilo “garrafa de Coca-Cola”, disponível também no conversível. A profusão de cromados e o interior imitando madeira chamam atenção, como no exemplar das fotos, que pertence ao empresário paulista Mauricio Fontanetti. “É um GTX com teto revestido de vinil, motor Super Commando 440 e a rara combinação de banco inteiriço e transmissão manual de quatro velocidades”, diz Mauricio. Mais caro, o elevado padrão de acabamento fez com que o GTX vendesse menos da metade que o novo Plymouth Road Runner, uma espécie de sucessor do GTX Super Stock de 1967. Topo da linha, o GTX não era destinado a grandes volumes: em 1969 surgiram novas relações de diferencial, o aclamado trambulador Hurst e o sistema Air Grabber, que induzia ar fresco captado das laterais do capô diretamente para o filtro de ar. O motor de 7,2 litros ganhava a opção de três carburadores de corpo duplo, aumentando a potência para 390 cv.
Reestilizado em 1970, ele perdeu a versão conversível, mas ficou mais agressivo: falsas entradas de ar para os freios traseiros nas laterais e ressalto no capô. Foi seu último ano com a carroceria hardtop: com o fim do Belvedere, o GTX adotou a carroceria do Satellite em 1971, inspirado no estilo de fuselagem criado pela Chrysler em 1969. Menor, com entre-eixos mais curto e bitola traseira mais larga, o GTX ficou mais ágil e estável, mas chegou ao fim da estrada: pouco mais de 44 000 foram feitos, graças ao seguro alto e às normas ambientais cada vez mais restritas, o que só fez aumentar sua raridade entre os clássicos. A sigla GTX seria mantida pela Plymouth até 1974, denominando o Road Runner equipado com o motor de 7,2 litros.
GTX BRAZUCA
Mesmo sem ser um Plymouth, a Chrysler criou um GTX brasileiro: um sedã esportivo de quatro portas com motor V8 de 2,5 litros e câmbio manual de quatro marchas. A personalização do Esplanada GTX trazia bancos individuais, console central, conta-giros e volante Walrod.
Motor | 8 cilindros em V de 7,2 litros |
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Potência | 375 cv a 4 600 rpm |
Torque | 66,4 mkgf a 3 200 rpm |
Câmbio | manual de 4 marchas |
Carroceria | fechada ou aberta, 2 portas, 6 lugares |
Dimensões | comprimento, 514 cm; largura, 194 cm; altura, 133 cm; entre-eixos, 294 cm; |
Peso | 1597 kg |
0 a 100 km/h | 6,8 s |
Velocidade máxima | 193 km/h |