Falem bem ou falem mal, mas falem da BMW. Esse é o pensamento do CEO da marca alemã, Oliver Zipse, quando o assunto é a nova “cara” de seus modelos.
Novos veículos da BMW como o novo Série 7, M2 e os SUVs da família X, em especial o mais recente XM, geraram controvérsias com relação a sua aparência. Um dos principais motivos é a adoção de um novo design para a famosa grade “duplo rim”, que, no geral, deixa o modelo futurista para os padrões atuais.
Mas se engana quem pensa que as críticas são um problema para a BMW. Muito pelo contrário, as controvérsias geradas são, na verdade, uma estratégia da marca.
“Se você quiser mudar o design, qualquer passo no futuro que seja percebido como novo será automaticamente controverso. […] Esse é o truque: ter controvérsia e o resultado é ‘eu quero ter’ e ‘eu gosto’ e, claro, é um plano.”, disse Zipse durante a apresentação do novo Série 7 nos EUA.
Ou seja, a BMW está longe de mudar sua posição em relação ao visual dos seus carros. A tendência é que veremos modelos cada vez mais ’diferentões’ no futuro, quando a marca lançar sua nova plataforma exclusiva para elétricos, chamada de Neue Klasse, em 2025.
Outro detalhe revelado pelo CEO é que a marca não pretende criar variações muito grandes entre seus modelos a combustão, híbridos e elétricos. A ideia é que os modelos continuem adotando características semelhantes, como a já citada grade e os faróis. É mais ou menos o que vemos nos SUVs X1 e X3, assim como em suas versões elétricas – iX1 e iX3.
A ousadia é tida como uma vantagem da BMW para Zipse, que diz que as outras marcas estão criando modelos “muito parecidos”. Porém, o CEO reitera que os designs mais excêntricos ficarão restritos aos modelos mais caros, como XM e o X7. Enquanto isso, os que têm maior volume de vendas se manterão um pouco mais tradicionais, mas mantendo uma pegada futurista.