Atualizar nossa tabela de preços tornou-se uma tarefa muito trabalhosa. Com reajustes mensais, o estagiário e, mais importante, o consumidor vêm sofrendo muito com os impactos negativos da pandemia.
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Um estudo da KBB aponta uma média de 10% de aumento no preço dos automóveis de janeiro a dezembro do ano passado. Esse número fica ainda maior para alguns modelos como o Chevrolet Onix (11,8%), Renault Kwid (18,2%) e o compacto Volkswagen Gol (17,7%), que subiu mais 6,8% em 2021 com a chegada da nova linha.
O presidente da Anfavea, Luiz Carlos Moraes, atribuiu esse fenômeno a três principais fatores: desvalorização cambial, aumento do preço e falta de insumos, e a inesperada alta da carga tributária, principalmente para o estado de São Paulo.
Em apenas um ano, o dólar subiu cerca de 22% e impacta não somente os veículos importados como toda a linha de produção nacional que utiliza muitos componentes dolarizados.
Um dos materiais mais utilizados, o aço, subiu vertiginosamente, e, só neste ano, teve seu preço acrescido em mais 30%, com previsão para mais aumentos no segundo semestre.
Os semicondutores, essenciais para componentes eletrônicos, já não são mais encontrados e tiveram aumentos de até 250%. A Fiat emitiu um comunicado avisando a suspensão da fabricação de Uno e Doblò por falta de insumos, o que explica também a fila de espera da Strada.
Complementando a longa lista de reveses, há o aumento progressivo de ICMS no estado de São Paulo, que deve chegar a 22% em abril. As fábricas agora divulgam tabelas de preços exclusivas para o estado.
Segundo o consultor da ADK Automotive, Paulo Garbossa, a perspectiva depende do que será feito com a economia. “Nós vemos que os preço estão aumentando e vemos que não tem o que fazer.” Por enquanto, o que nos resta é esperar.
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