A McLaren foi uma das primeiras fabricantes a colocar um trem de força híbrido em um superesportivo, com o P1, mas ainda não entrou de cabeça no mundo dos elétricos. Essa situação, contudo, pode estar prestes a mudar.
Em entrevista ao site Evo, Michael Leiters, diretor de tecnologia da McLaren, disse que a marca está com planos de lançar seu primeiro carro elétrico. A grande surpresa é que, segundo Leiters, a montadora considera que a tecnologia ainda não avançou o suficiente para desenvolver um carro de alto desempenho. Não será um supercarro!
O diretor deu poucas pistas sobre o projeto, mas citou que a McLaren busca um modelo de proposta mais “utilitária”. O uso dessa palavra logo nos remete a um SUV, que poderia bater de frente em questão de luxo com Lamborghini Urus e Ferrari Purosangue – ambos a combustão.
“Palavras como ‘utilidade’ ou ‘estilo de vida’, você obviamente chegará a certas conclusões. Acho que a principal medida para a McLaren é potencialmente algo com a capacidade de compartilhar com mais ocupantes no carro. Não necessariamente mais alto, mas poderia ser.”, respondeu Leiters.
Um sedã também não está descartado. O fato é que será um veículo mais funcional e para mais ocupantes do que é comum vermos em um McLaren. Junto a isso, Leiters também falou que o elétrico deverá ser leve e custar pelo menos 200.000 euros.
“Precisamos focar na lucratividade, não no volume”, comentou.
Para isso, a McLaren buscará parceria com alguma outra fabricante. Os ingleses ainda não têm uma tecnologia de trem de força elétrico e começar uma do zero seria bem caro, indo na contramão da ideia de lucratividade.
Antes de sua parceria com a Sauber, a Audi seria a mais cotada para fornecer as baterias e motores elétricos, já que a McLaren foi a primeira procurada pelos alemães quando desejavam entrar na Fórmula 1, há cerca de um ano.
A maior aposta agora seria a BMW. As duas marcas já têm um histórico de colaboração, com a empresa alemã fornecendo o motor do McLaren F1, um dos mais icônicos modelos da McLaren, na década de 1990.
Em questão de tecnologia, a McLaren estaria bem servida, tanto para um sedã quanto para um SUV, podendo usar os trens de força do BMW i7 (551 cv e 625 km de autonomia) ou do BMW iX (523 cv e 630 km de autonomia), por exemplo.