Black Friday: assine a partir de 1,49/semana
Continua após publicidade

Principal fábrica da VW pode ter menor produção desde os tempos do Fusca

Fábrica de Wolfsburg, corre o risco de ter produção menor que a do ano passado, quando não alcançou nem 500.000 unidades

Por João Vitor Ferreira
Atualizado em 21 out 2021, 09h28 - Publicado em 21 out 2021, 08h37
vista aérea da fábrica da VW em Wolfsburg
 (Divulgação/Volkswagen)
Continua após publicidade

vista aérea da fábrica da VW em Wolfsburg

Não é mistério que a crise mundial de semicondutores somada à pandemia do COVID-19 atrapalhou, e muito, os planos das grandes montadoras. Algumas das maiores empresas no ramo, como a Volkswagen, estão praticamente voltando ao passado em termos de produção.

Assine Quatro Rodas por apenas R$ 12,90

Somando os três primeiros trimestres deste ano, segundo o jornal alemão Die Zeits, a principal fábrica da VW do mundo, localizada em Wolfsburg, na Alemanha, produziu pouco mais de 300.000 veículos. A planta não tinha um número tão baixo desde 1958, quando o Fusca era o principal produto fabricado ali.

Continua após a publicidade

Já no ano passado, a produção em Wolfsburg não passou de meio milhão de unidades, algo que não acontecia desde 1960. Em 2018, antes de todas as crises, a Volkswagen chegou a anunciar oficialmente aumentaria a capacidade de produção da fábrica para um milhão de carros por ano. Não à toa, é a maior fábrica de automóveis do mundo

Produção do Fusca em Wolfsburg, 1955
Produção do Fusca em Wolfsburg, 1955 (Divulgação/Volkswagen)

A Volks atribui os baixos números de produção exclusivamente às crises. “As distorções globais em termos de produção e demanda por semicondutores como resultado da pandemia e outras circunstâncias externas simplesmente não eram previsíveis”, explica um porta-voz da empresa ao Die Zeits.

 

Continua após a publicidade

Porém, há quem discorde. Daniela Cavallo, presidente do conselho de fábrica e do grupo de trabalhadores da VW, diz que “os tempos de parada de produção obviamente não são uma lei da natureza”. Para ela, os problemas na produção devem-se, principalmente, à falta de preparo dos gestores no controle de crises. “Pode-se esperar que a administração de uma corporação global seja capaz de organizar as compras de forma que os carros possam ser fabricados de forma confiável”, conta a presidente ao jornal alemão.

Linha de montagem da VW em Wolfsburg
(Divulgação/Volkswagen)

Para recuperar o atraso, Cavallo conta que, em julho, a Volks contratou cerca de 1.800 trabalhadores, que estavam de férias, para a produção de 10.000 Golfs. Em seguida, a diretoria teria solicitado que os funcionários fizessem hora extra a partir do mês de setembro. “Apenas um milagre para atingirmos a mesma produção do ano passado neste ano”, diz uma fonte anônima à publicação alemã.

Continua após a publicidade

Cavallo ainda cita que outras duas montadoras, BMW e Toyota, não foram tão afetadas pela escassez de chips quanto a Volkswagen. No caso da conterrânea, a situação pode ter sido amenizada devido à experiência com o acidente nuclear na usina de Fukushima, no Japão. Nesta ocasião, uma das principais fornecedoras de tinta da BMW foi afetada, tendo que fechar por algumas semanas.

Após o episódio, a montadora organizou um esquema de força-tarefa para monitorar toda a sua cadeia de suprimentos, antecipando assim a crise de semicondutores. Mesmo afetada, a falta de chips não foi tão avassaladora para a BMW, como foi para a VW.

Linha de montagem do Tiguan em Wolfsburg
Na fábrica de Wolfsburg são construídos, atualmente, dois modelos: Golf e o Tiguan (Divulgação/Volkswagen)

Sobre a atual situação da VW, outro jornal alemão, o Handelsblatt, informou que Herbert Diess, CEO da Volkswagen, teria dito ao conselho fiscal que a empresa pode perder cerca de 30.000 funcionários ainda este ano. “No primeiro semestre do ano tivemos um lucro recorde e agora especula-se a perda de milhares de empregos. Essas especulações são absurdas, temos segurança no emprego até 2029”, rebate Cavallo.

Para acertar as pontas soltas, a presidente do conselho convidou o Diess para uma reunião de trabalho na fábrica de Wolfsburg, algo que não ocorre há dois anos. Marcada para o dia 4 de novembro, o CEO já anunciou que não poderá comparecer, devido à uma viagem marcada para Estados Unidos, onde visitará uma fábrica no Tennessee e se encontrará com investidores em Nova Iorque

“Nada mudará nos planos de viagem. O convite do conselho de trabalhadores era simplesmente de curto prazo.” explicou um porta-voz de Diess ao Die Zeit.

Continua após a publicidade

Não pode ir à banca comprar, mas não quer perder os conteúdos exclusivos da Quatro Rodas? Clique aqui e tenha o acesso digital

capa
(arte/Quatro Rodas)
Publicidade

Matéria exclusiva para assinantes. Faça seu login

Este usuário não possui direito de acesso neste conteúdo. Para mudar de conta, faça seu login

Black Friday

A melhor notícia da Black Friday

BLACK
FRIDAY
Digital Completo
Digital Completo

Acesso ilimitado ao site, edições digitais e acervo de todos os títulos Abril nos apps*

a partir de 5,99/mês

ou
BLACK
FRIDAY

MELHOR
OFERTA

Impressa + Digital
Impressa + Digital

Receba Quatro Rodas impressa e tenha acesso ilimitado ao site, edições digitais e acervo de todos os títulos Abril nos apps*

a partir de 10,99/mês

ou
ou ainda

*Acesso ilimitado ao site e edições digitais de todos os títulos Abril, ao acervo completo de Veja e Quatro Rodas e todas as edições dos últimos 7 anos de Claudia, Superinteressante, VC S/A, Você RH e Veja Saúde, incluindo edições especiais e históricas no app.
*Pagamento único anual de R$71,88, equivalente a 5,99/mês.

PARABÉNS! Você já pode ler essa matéria grátis.
Fechar

Não vá embora sem ler essa matéria!
Assista um anúncio e leia grátis
CLIQUE AQUI.