Que tal dirigir usando o poder da mente?
Tecnologia da Nissan utiliza ondas cerebrais para antecipar manobras que o motorista pretende realizar
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A Nissan desenvolve uma tecnologia que interpreta os sinais cerebrais do motorista para auxiliar a direção.
Sem dar detalhes sobre como o sistema funciona ou quais seriam as aplicações em um futuro próximo, o Brain2Vehicle (B2V) foi apresentado durante a CES – a maior feira de tecnologia do mundo, realizada em Las Vegas (Eua).
Sensores instalados em uma espécie de capacete lêem ondas cerebrais que são produzidas milissegundos antes da execução dos movimentos.
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Ao realizar uma manobra ao volante, como uma mudança de faixa, há um tempo quase imperceptível entre o ato de pensar e da efetiva ação muscular do corpo – cerca de 300 milissegundos. É nesse espaço que o B2V atua.
“Essa tecnologia não lê pensamentos”, diz Lucian Gheorghe, pesquisador-chefe da Nissan. De acordo com o cientista, esses sinais são emitidos e podem ser captados e interpretados.
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Para a Nissan, o objetivo do Brain2Vehicle é melhorar a qualidade da condução. Ao analisar o comportamento do motorista, a tecnologia pode ser relevante para ajudar carros autônomos a compreenderem a forma de dirigir do dono do veículo.
Motoristas inexperientes ou inseguros seriam os grandes beneficiados pelo B2V. Ao realizar a mudança de faixa em uma via de alta velocidade, o B2V pode antecipar a intenção do condutor e ajudar na execução da manobra, evitando acidentes.
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Frenagens também podem ser executadas com antecipação, garantindo a parada alguns metros antes do ponto “normal”, sem auxílio da inteligência artificial.
Essa tecnologia serviria, portanto, para corrigir falhas ao volante e complementar o movimento necessário para a execução das manobras. Um dos sinais monitorados é a diferença entre a intenção da manobra e o movimento realizado.
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O B2V corrige divergências entre esses dois momentos, se detectar por meio do monitoramento das ondas cerebrais, que algo não está acontecendo conforme o motorista pensou.
Segundo a Nissan, esse sistema poderia ser um aliado em carros autônomos com função manual. E traria prazer ao dirigir por devolver ao motorista a sensação de que está no controle.