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Remontado, veja como está o nosso Chevrolet Onix Plus após 100.000 km

Depois do desmonte, o motor do sedã teve desempenho exemplar em nosso teste de Longa Duração, mas outras partes deixaram a desejar

Por João Vitor Ferreira
Atualizado em 20 out 2022, 18h18 - Publicado em 20 out 2022, 17h22
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  • Chegou a hora do adeus definitivo do nosso Chevrolet Onix Plus de Longa Duração. E essa é uma despedida especial, afinal, o sedã é o primeiro a completar o teste dos 100.000 km, uma novidade que adotamos esse ano.

    Depois de tanto rodar e passar pelo desmonte, o Onix está de novo inteiro. E após quatro anos de trabalho, o modelo nos surpreendeu em alguns aspectos, mostrando um desgaste mínimo, principalmente, onde mais importa: o motor.

    O 1.0 turbo estreou no Onix de segunda geração para substituir o 1.4, que havia estreado no Corsa há quase 30 anos. Uma tarefa difícil, visto que o aspirado ainda reserva boa fama entre os mecânicos.

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    Mas o que vemos após 100.000 km não faz jus a má fama dos motores turbo. Pelo contrário, as câmaras de combustão estavam limpas e sem sinais de carbonização, as hastes das válvulas tinham carbonização compatível com a quilometragem. Isso porque o modelo rodou somente com gasolina comum.

    Encontramos um pouco de carvão nos dois primeiros anéis de compressão, mas nada que fosse prejudicial. Prova disso é que as paredes dos cilindros ainda mantinham o sinal de brunimento como de um motor novo. 

    E agora, uma dica: muito donos de Onix reclamam de problemas na correia dentada. A causa é a utilização de óleo fora da especificação original. A nossa, sempre imersa no óleo 5w30, estava perfeita. O turbo, que por vezes nos incomodou com seus barulhos metálicos, também estava perfeito.

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    No veredito final, o motor foi aprovado e até superou o antigo 1.4 da primeira geração que desmontamos em 2014. Toda a durabilidade do 1.0 turbinado é comprovada pelos números de desempenho.

    Peças Aprovadas Onix Plus
    (Alexandre Battibugli/Quatro Rodas)

    Em seu primeiro teste, o Onix levou 10,5 s para ir de 0 a 100 km/h. No último, foram 10. O consumo também melhorou e, em perímetro urbano, ele foi de 11,8 km/l para 13 km/l. Enquanto no rodoviário a evolução foi ainda melhor, indo de 15,7 km/l para 18,1 km/l.

    Mas nem tudo são flores e o Onix também apresentou defeitos. Quando desmontamos o câmbio, o óleo estava muito queimado. A recomendação da marca é de trocar aos 80.000 km, se fizer uso severo do carro. E o nosso modelo fez quase 70% da rodagem na estrada. A dica que fica é de sempre trocar na marca recomendada, independente de como você usa.

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    Folha Corrida e Ocorrências Longa Onix Plus
    (Reprodução/Quatro Rodas)

    Inclusive, após a troca do óleo, o pequenos trancos que o câmbio apresentava, sumiram completamente.

    Os freios, que já estavam empenando, foram outro problema. Quando desmontamos os discos, eles estavam condenados apresentando 18 mm de espessura, quando o limite é 19 mm. O correto teria sido a concessionária ter recomendado também a troca dos discos na última troca de pastilhas, que ocorreu aos 80.000 km, ou terem notado isso na revisão de 90.000 km.

    Longa Onix Plus
    Lâmpada do farol esquerdo queimou a caminho de Ipatinga (MG) (Eduardo Passos/Quatro Rodas)

    Já a suspensão teve seus altos e baixos. Peças como  buchas das bandejas, mancais, ligações da barra estabilizadora, pivôs, barras axiais, terminais de direção e buchas do eixo traseiro nunca foram trocadas durante o teste e estavam em ótimas condições.

    Por outro lado, os amortecedores merecem atenção. Não havia qualquer indicativo de vazamento ou defeito, mas os amortecedores traseiros estavam mais rígidos. E nisso notamos que a GM não prevê uma quilometragem para troca preventiva dos amortecedores, o que é importante para a segurança de quem usa o carro.

    Peças em Atenção Onix Plus
    (Alexandre Battibugli/Quatro Rodas)

    A vedação, muito elogiada no desmonte de 2014, foi outro problema. Por dentro, abaixo das dos isolantes acústicos e térmico das portas, havia muito pó acumulado. Na caixa de roda, encontramos restos de folha e outros tipos de materiais, que acumulavam umidade e levavam a corrosão naquela área.

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    Outra reclamação recorrente do Onix Plus era a altura. Os 12,7 cm de vão livre não eram suficientes para as ruas e estradas brasileiras. Logo, encontramos diversos ralados no para-choque frontal, cárter do motor.

    Reprovados Onix Plus
    (Alexandre Battitugli e Fernando Pires/Quatro Rodas)

    O pior foi no escape. O defletor térmico, assim como o próprio escapamento, tinham marcas de ralado. Nesse últimos encontramos até uma perfuração e sinais de corrosão.

    Em resumo, essa nova geração do Chevrolet Onix tem um motor melhor, uma suspensão muito firme mas até resistente. Nesses dois pontos críticos para o brasileiro ele foi muito bem. No geral ele foi aprovado, mas com ponderações.

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    Longa Onix Plus
    Concessionária Chevrolet chegou perto de oferecer o melhor valor na troca, mas foi uma multimarcas quem deu o melhor lance. Quilometragem alta afasta interessados (Fernando Pires/Quatro Rodas)

    Agora ele vai para revenda, assim como os outros antes dele. A vantagem é que quatro anos depois da sua compra, o modelo está valorizado. Em na última cotação, o nosso modelo estava valendo R$ 80.000 – R$ 10.000 a mais do que quando compramos.

    Seu substituto ainda não será revelado, mas você pode seguir acompanhando a rotina da Fiat Strada e do Jeep Compass. 

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