Renault Kwid elétrico tem patente registrada no Brasil
Versão é compatível com tomadas domésticas e será fabricada na China, mas poderá ser vendida no Brasil
Antecipado pelo conceito K-ZE, apresentado pela primeira vez no Salão de Paris do ano passado, o Renault Kwid elétrico já tem o design da versão de produção definido. E o melhor: ele já está registrado no INPI (Instituto Nacional da Propriedade Industrial).
O desenho é idêntico ao da patente registrada na Índia e na China no início deste ano. Ele revela um Kwid com poucas mudanças na comparação com a versão a combustão vendida hoje no Brasil, ao mesmo tempo que é bem diferente do K-ZE.
A adoção do motor elétrico e do conjunto de baterias é percebido pela grade fechada, pelos faróis, aparentemente, de leds e pelos para-choques estilizados com tomadas e saídas de ar falsas. A traseira ainda recebe lanternas de leds exclusiva.
O Renault Kwid nasceu na Índia, mas sua versão elétrica tem origem mais oriental. O Renault Kwid EV é um projeto desenvolvido em cooperação com a chinesa Dongfeng, com quem a Renault mantém a joint-venture eGT New Energy Automotive, estabelecida no ano passado.
Por isso, o Kwid elétrico será fabricado dentro das instalações da Dongfeng em Shiyan, na China, cuja capacidade supera os 1.200.000 carros por ano.
Quase não há informações técnicas sobre a nova versão. O conceito K-ZE, porém, tinha bateria com capacidade suficiente para percorrer até 250 km por carga, pelo ciclo NEDC (um dos mais otimistas). Em carga rápida, levaria apenas cinquenta minutos para carregar de 0% a 80%. Em carga lenta, quatro horas para carregar até 100%, e ainda seria compatível com tomadas domésticas 220V.
O Renault Kwid EV representa o esforço da Aliança Renault-Nissan-Mitsubishi para oferecer um veículo elétrico de baixo custo (na comparação com o Nissan Leaf e com o Fluence EV) no mercado chinês.
No passado a fabricante chegou a insinuar que poderia exportar o Kwid elétrico para mercados como Índia, Brasil e Oriente Médio, caso faça sucesso na China.