A Renault revisou a estratégia do Kwid para o Brasil. Além da 1.0, a empresa vai vender também a motorização de 800 cm3, que a princípio não viria. Essa versão, que foi a primeira a chegar à Índia, havia sido descartada porque seria simples demais e não se adequaria às expectativas do consumidor (gosto e condições de uso). Mas a fábrica dará um jeito de deixá-la mais atraente, tanto em acabamento e conteúdo quanto em desempenho.
Já está acertado que o Kwid será lançado em novembro, primeiro com a versão 1.0. Mas no Salão do Automóvel (10 a 20 de novembro), o público já poderá conhecer a segunda opção da linha. O Kwid 0.8 vai disputar com o Fiat Mobi o título de carro mais barato do Brasil.
Na Índia, esse motor de três cilindros produz 54 cavalos e 7,34 mkgf de torque (números semelhantes ao dos motores 1.0 com injeção eletrônica da década de 1990), e promete um consumo de até 25 km/l graças ao baxíssimo peso de 669 kg – como comparação, o novo Fiat Mobi pesa 946 kg.
No Brasil, o peso total do Kwid deve aumentar, pois a legislação é mais rigorosa que a indiana em termos de equipamentos de segurança e estruturas de proteção. A opção de motor 1.0 será a mesma já oferecida no Nissan March por aqui, com 74 cavalos e 10 mkgf.
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Flagrado recentemente quase sem disfarces no Brasil, o Kwid será um compacto de entrada com tamanho intermediário entre o Gol e o Up! e algumas características de SUVs compactos, como a suspensão elevada e as caixas de rodas mais encorpadas. Ele deve substituir o veterano Renault Clio de segunda geração, vendido por aqui desde 1998.