Vamos voltar aos seus tempos de escola. Você se lembra daquela menina meio desajeitada que deixou os homens de queixo caído quando virou um mulherão? Ou do magrelo esquisitão que entrou para a academia e hoje faz o maior sucesso com as mulheres? Se a sua resposta foi sim, vai entender perfeitamente a transformação do Renault Logan.
Lançado no Brasil em 2007, ele sempre foi o par perfeito para seus donos – principalmente se eles tiverem filhos. Quem o conhece na intimidade sabe como a vida dentro dele pode ser agradável, graças ao espaço generoso para malas e passageiros. Mas como o sedã desenvolvido pela romena Dacia, marca controlada pela Renault, nunca foi um campeão de beleza, vários pretendentes mudavam de ideia no meio do caminho, escolhendo companhias mais bonitas, mas nem sempre tão agradáveis. Agora chegou a hora da revanche.
Completamente redesenhado, o Logan não é uma nova geração, e sim uma pesada reestilização do mesmo modelo de antes. O carro incorpora a nova identidade visual da marca, identificada pelo desenho da grade frontal. O estilo do modelo brasileiro é quase igual ao Symbol europeu (a Renault preferiu aposentar o antigo sedã derivado do Clio nos países em que ele era vendido, substituindo-o pelo Logan), com exceção de um friso cromado na parte inferior do para-choque.
Olhando de lado o Logan perdeu o ar meio desengonçado, com traços mais harmônicos sem sacrificar o bom espaço para a cabeça dos passageiros. Na parte traseira, as lanternas verticais foram trocadas por outras menores com luzes retangulares, lembrando até o seu arquirrival Volkswagen Voyage.
O interior ficou mais agradável aos olhos por conta do acabamento mais esmerado. No lugar do tom monocromático que imperava na cabine, vemos materiais de diferentes cores e texturas. Os bancos apoiam melhor o corpo nas curvas, sendo que é possível rebater o banco traseiro na maioria das versões – algo impensável em seu antecessor. A cabine, aliás, pode ter central multimídia com GPS e ar-condicionado digital, ambos oferecidos como opcionais na versão Dynamique.
Assim como seu antecessor, o novo Logan será oferecido em três versões de acabamento e duas opções de motorização – 1.0 16V, com até 80 cv, e 1.6 8V, com 106 cv, ambos com etanol. A opção de entrada é a Authentique 1.0 16V, que traz de série freios ABS, airbag duplo, calotas e brake light.
Subindo um degrau temos a Expression (com motores 1.0 16V e 1.6 8V) e todos os itens da Authentique, mais direção hidráulica, ar-condicionado (na versão 1.6), retrovisores e maçanetas na cor da carroceria, banco traseiro rebatível, vidros elétricos dianteiros, travas elétricas das portas, alarme, computador de bordo e rádio CD Player com reprodução de arquivos em MP3, USB e Bluetooth. Entre os opcionais, ele traz ar-condicionado (na versão 1.0), sistema multimídia Media NAV 1.2 e sensor de estacionamento traseiro.
A versão topo-de-linha é a Dynamique 1.6 8V, que acrescenta retrovisores elétricos, rodas de liga leve de 15 polegadas, banco rebatível bipartido, vidros elétricos nas quatro portas, piloto automático com limitador de velocidade, luzes repetidoras de direção nos retrovisores e ar-condicionado. A lista de opcionais tem o sistema Media NAV 1.2, sensor de estacionamento e faróis de neblina. A lamentar, apenas a ausência do câmbio automático oferecido no modelo anterior. A Renault justifica a decisão dizendo que esta opção de transmissão respondia por apenas 5% das vendas, mas garantiu que, se houver demanda, ele voltará.
Veja, abaixo, os preços de toda a linha:
Logan Authentique 1.0: R$ 28 990 (R$ 30 800 com direção assistida, ar quente e desembaçador)
Logan Expression 1.0: R$ 33 390
Logan Expression 1.6: R$ 39 440
Logan Dynamique 1.6: R$ 42 100 (R$ 43 200 com todos os opcionais)