RS e-tron GT, primeiro esportivo elétrico da Audi, chega por R$ 950.000
Primeiro superesportivo elétrico da marca pode custar até R$ 1,2 milhão se equipado com todos os opcionais
A Audi abriu nesta quinta-feira (20) a pré-venda do novo RS e-tron GT no Brasil, o primeiro modelo elétrico da linha de superesportivos da marca. Com entregas previstas para começarem em setembro, ele parte de R$ 949.990 e pode encostar em R$ 1,2 milhão com todos os opcionais – preços próximos do Porsche Taycan, seu “primo” e principal concorrente.
Mas ele quer provar que é muito mais do que apenas um “Taycan da Audi”.
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Começando pelo visual, o RS e-tron GT é impactante e cheio de personalidade própria. Por ser elétrico, o modelo não precisa de aberturas para refrigeração. Mesmo assim a dianteira tem apliques em preto que simulam grades enormes para reforçar sua vocação esportiva.
Na prática, as únicas aberturas reais são a próxima ao capô, a que fica na base do para-choque para abrigar os sensores e radares utilizados para sistemas de condução semiautônomos, e nas extremidades do para-choque, para resfriamento dos freios.
Os faróis afilados têm iluminação full LED matriciais com luzes a laser que, segundo a Audi, aumentam a intensidade e a amplitude do facho, que pode chegar a até 600 metros de distância.
De lado, o superesportivo elétrico revela um formato mais próximo de um cupê do que o Taycan. As rodas podem variar, mas são de série com 21 polegadas e um desenho “diferentão” e focado na aerodinâmica. Por falar nisso, o RS e-tron GT é dono do melhor coeficiente aerodinâmico entre todos os modelos RS (incluindo o R8), com 0,24.
A traseira do e-tron GT também foge do convencional com lanternas em LED que vão de um lado a outro, e que têm grandes dimensões. Só não espere que a parte de trás ostente duas ou quatro saídas de escape: a Audi não quis forçar a barra com saídas falsas e ocupou a base do para-choque traseiro com um difusor de ar em fibra de carbono. O teto em carbono, um opcional, promete maior rigidez e até 12 kg a menos do que um teto panorâmico fixo.
Por dentro a aparência volta para a racionalidade com desenho próximo dos demais modelos da marca. A parte central do painel é rígida e lisa, mas há um bom motivo para isso: é feita em fibra de carbono, como uma das contenções de peso do elétrico. No mais, há acabamentos em aço escovado, couro e Alcantara, este presente inclusive no volante.
Mecânica tecnológica
Não é só nos mimos a bordo que a tecnologia se faz conveniente, o RS e-tron GT também abusa dela para se mover. O modelo é equipado com dois motores elétricos de alta potência (um na dianteira e um na traseira) com sistema térmico de 4 circuitos de resfriamento, que rendem 598 cv de potência (ou 646 cv na função overboost, por 2,5 segundos) e 84,6 kgfm. Assim, ele pode ir de 0 a 100 km/h em 3,3 segundos, segundo a Audi, mas a velocidade máxima é limitada em 250 km/h.
Assim como os preços, os números de performance do Audi também são próximos do Taycan Turbo, que tem até 680 cv e 86,6 kgfm, e chega aos 100 km/h em 3,2 segundos. A velocidade máxima é de 260 km/h.
Com garantia de 8 anos ou 160.000 km, a bateria do RS e-tron GT pesa 630 kg, promete uma autonomia de até 472 km no ciclo WLTP e um tempo de 23 minutos para uma recarga de 80%
A tração integral é elétrica, inteligente e variável em até 100% entre os eixos, mas em situações de rua, com uma direção mais amigável, a tração fica na dianteira. De acordo com a Audi, o sistema elétrico é 5 vezes mais rápido no funcionamento em relação ao mecânico.
Por falar em tração, o eixo traseiro é dinâmico, ou seja, esterça em até 2,8° de acordo com as condições de rodagem. Em baixas velocidades, as rodas traseiras viram no sentido contrário às dianteiras; em altas velocidades, as quatro rodas vão no mesmo sentido.
Ainda no eixo traseiro, o bloqueio do diferencial também é controlado de forma eletrônica para melhor distribuição de torque entre as rodas, favorecendo a estabilidade em curvas e acelerações. A suspensão, que é a ar e adaptativa, tem 3 câmaras de amortecimento que funcionam eletronicamente – em velocidades maiores, por exemplo, a suspensão fica mais baixa para melhor aerodinâmica.
Já os freios prometem melhor desempenho e durabilidade até 30% maior por terem uma camada de carboneto de tungstênio. Além disso, a marca promete ainda que eles não sujam e não mancham as rodas, e têm maior resistência à corrosão e altas temperaturas.
Como é dirigir o e-tron GT?
O primeiro contato com o Audi RS e-tron GT foi breve, mas suficiente para sentir até onde os elétricos chegaram. Se por um lado ele não emite roncos emocionais (problema contornado por alto-falantes que produzem um ruído interno e externo, variável entre os modos de condução), as acelerações são brutais já que os quase 85 kgfm de torque estão disponíveis a todo momento.
Mesmo com tanta força, o esportivo não dá o braço a torcer em curvas mais fechadas e segue sua trajetória sem sustos. Isso, além do conjunto equilibrado, dos sistemas de tração e da distribuição de peso do carro na proporção 50:50, se deve também pelo eixo traseiro esterçante. Apesar de sutil, é possível perceber a ajuda vinda da traseira.
O motorista e o passageiro dianteiro sentam-se baixos, próximos ao chão, reforçando a condução de pista do RS. Quem vai atrás tem uma posição ligeiramente mais alta – mas o espaço dedicado a três pessoas só acomoda bem duas, já que o assento central é estreito e há um pequeno túnel central.
Assim como os demais elétricos da Audi, o GT possui aletas atrás do volante não para troca de marchas (que não existem), mas para controlar a regeneração de energia, que está mais para freio-motor do carro. São dois níveis, que atuam assim que o motorista solta o pedal do acelerador, focando na regeneração da energia e na preservação dos freios. Também há diferentes modos de condução, como Eco e Dynamic.
Equipamentos e personalização
A lista de itens série do RS e-tron GT é extensa. Entre eles, há rodas de 21 polegadas, bancos esportivos com aquecimento e ventilação nos dianteiros, quadro de instrumentos digital, central multimídia com Android Auto e Apple CarPlay, iluminação interna ambiente com 30 opções de cores, ar-condicionado de 3 zonas, assistente de estacionamento com manobra semiautônoma, piloto automático adaptativo, faróis full LED matrix e câmera 360°.
Segue com sistema de som Bang&Olufsen 3D, teto solar panorâmico, freio de estacionamento eletrônico, chave presencial, volante revestido de Alcantara e head-up display.
Mesmo assim, o esportivo tem à disposição ainda mais 6 opcionais: soleiras de porta RS em fibra de carbono (R$ 4.500), capa dos retrovisores externos em fibra de carbono (R$ 6.000), teto em carbono (R$ 33.000), pacote exterior em fibra de carbono (R$ 38.000), pacote carbono completo (R$ 77.000) e sistema de visão noturna (R$ 21.000).
O modelo também é altamente personalizável como toda linha RS e, segundo a Audi, dispõe de mais de 1,4 milhão de combinações possíveis entre cores da carroceria, cor da grade, capa dos retrovisores, pacote interior e revestimento dos bancos, rodas, cores de pinças de freio, acabamento interno e revestimento do volante. O comprador pode escolher cada detalhe para que seu carro seja único.
Para fechar, uma cor do programa Audi Exclusive custa R$ 37.000 extras.
Ficha técnica – Audi RS e-tron GT
- Preço: a partir de R$ 949.990
- Motor: elétrico, 598 cv (646 cv em overboost) e 84,6 kgfm
- Capacidade da bateria: Íons de lítio, 93 kWh
- Câmbio: automático, 2 marchas
- Tração: integral
- Dimensões: comprimento, 498,9 cm; altura, 141,3 cm; largura, 215,8 cm; entre-eixos, 289,8 cm; porta-malas, 350 l (traseiro) e 85 l (frontal);
- Peso: 2.405 kg
- 0 a 100 km/h: 3,3 s
- Velocidade máxima: 250 km/h (limitada)
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