Que os russos são afeitos a uma bebida alcoólica é quase senso comum, mas o gosto pelas bebidas se tornou um problema de saúde pública, que o país tenta de todo jeito controlar.
E para evitar que ainda mais pessoas saiam dirigindo bêbadas pelas ruas do país, a Rússia pensa em tornar obrigatória a instalação de bafômetros em todos os carros vendidos por lá.
Os veículos só dariam a partida após o teste de alcoolemia do motorista, para garantir que o condutor está em condições de dirigir. A intenção era que a medida entrasse em vigor ainda em 2020, mas a pandemia do novo coronavírus atrasou os planos.
O país tenta há décadas melhorar a segurança viária, e motoristas que dirigem após beberem são um dos fatores mais problemáticos. Em 2019, cerca de 17 mil russos morreram em acidentes nas estradas do país. O número é muito superior a outros países da Europa.
A preocupação por lá é que determinar a instalação de bafômetros em todos os carros novos gere custos para as montadoras. Isso faria com que as fabricantes não tivessem muito interesse na aprovação da lei. De fato, vários projetos para instalar dispositivos que impeçam motoristas bêbados de dirigir já foram apresentados ao governo russo.
No entanto, até agora nenhum foi adiante. O consumo de álcool até caiu bastante nos últimos anos. Estimativas apontam que os russos diminuíram o consumo em cerca de 43% entre 2003 e 2016. O dado é da Organização Mundial da Saúde.
Ainda assim, o país é um dos que mais consome álcool na Europa. Em 2019, os russos beberam menos de 10 litros por pessoa durante o ano. Em 2011, eram 15 litros anuais em média.
Ainda assim, o número de mortos no trânsito russo ainda é bem inferior ao brasileiro. Em 2019, foram 40.721 vítimas nas ruas do Brasil.
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