Segredo: Jeep Renegade 1.0 turbo deve morrer antes mesmo de nascer
Após constatar uma baixa procura pelo VW T-Cross 200 TSI, fábrica teme que versão encontre resistência entre os consumidores do SUV
A Jeep não tem pressa de trocar os motores do Renegade. Os atuais movidos a gasolina bebem muito e rendem pouco, mas a legislação que limita as emissões ainda os tolera.
Além do mais, o SUV é líder de vendas no segmento, o que deixa a fábrica tranquila.
Na Europa, o Renegade já ganhou motorizações mais eficientes na linha 2020.
Esses motores 1.0 e 1.3 são basicamente os mesmos Firefly dos Fiat Argo e Cronos, mas equipados com turbocompressor, injeção direta, cabeçotes multiválvulas e comandos de válvulas variáveis.
O 1.0 entrega 120 cv e o 1.3 é oferecido em duas versões, de 150 e 180 cv. A FCA já confirmou que esses dois motores serão fabricados no Brasil, mas é provável que a FCA instale apenas o 1.3 no Renegade.
O motivo seria o fato de a empresa estar com receio de que, apesar da potência elevada, o pequeno deslocamento do motor 1.0 afugente os compradores do SUV.
Segundo um funcionário da fábrica, seria esse o motivo de o VW T-Cross vender abaixo do previsto pela VW, pois a maioria das unidades comercializadas é composta pela versão 1.4 turbo (250 TSI).
A chegada de novos motores no Renegade está prevista apenas para 2022. Antes, porém, já em 2021 os Firefly turbo devem equipar dois inéditos SUVs da Fiat, além do futuro Jeep nacional de sete lugares e da picape Toro.