BMW e Mercedes são duas das marcas que mais lançam carros em novos segmentos – até porque passaram boa parte de sua existência fazendo basicamente sedãs em três tamanhos: M, G e GG.
Apesar da atual diversificação, a dupla não descuida dos territórios já conquistados, nos quais são rivais históricas. Um desses segmentos é o de hatches médios.
Neste momento, BMW e Mercedes trabalham no desenvolvimento das novas gerações de Série 1 e Classe A, respectivamente.
A Mercedes apresentará resultados antes: o novo Classe A é esperado para o final deste ano. Mais precisamente, a avant-première deve acontecer em setembro, no Salão de Frankfurt. A BMW vem um ano depois, final de 2018, com o Série 1.
O Classe A será um exemplar de segunda geração (o monovolume homônimo lançado nos anos 90 não entra na conta). Ele usa a mesma plataforma modular MFA da versão atual, mas em uma variação chamada internamente de MFA2, que é maior no comprimento, o que significa que deverá haver mais espaço interno para pessoas e bagagem.
O estilo muda bastante. Inspirado no show car Concept A, apresentado este ano no Salão de Xangai, o Classe A terá linhas mais fluidas, no lugar dos atuais vincos bem definidos que começam a cair em desuso na marca.
No que diz respeito à motorização, a Mercedes deve aumentar a oferta com versões híbrida e elétrica acrescentadas às tradicionais gasolina e diesel de quatro cilindros.
A terceira geração do Série 1 estreia com mudanças mais radicais, uma vez que ele ganha a plataforma modular UKL, já aplicada em modelos como o BMW Série 2 Active Tourer e o Mini Countryman.
Essa estrutura não permite arquiteturas de tração traseira, uma tradição na linha BMW.
O novo Série 1 poderá ter versões com tração dianteira ou integral. O lado positivo da troca de plataforma está no fato de que a nova base será mais leve (o que vai contribuir para o desempenho e a economia) e maior nas três dimensões (assegurando mais espaço interno).
O visual vai obedecer à nova linguagem da BMW, tendo como exemplo recente o Série 5. A grade ficará maior e integrada ao conjunto de faróis.
Outra novidade que pode desagradar aos fãs mais conservadores é a ausência do motor de seis cilindros, item que também não é previsto pela nova plataforma. Em seu lugar haverá versões de três e quatro cilindros, 1.5 e 2.0, respectivamente.
Sobre o Brasil, ainda não se sabe como seriam as duas estratégias. Por ser fabricado aqui, o Classe A pode demorar mais de um ano para ser renovado.
Já o Série 1 poderia estrear em alguns meses, importado. Mas, como essa plataforma é usada também pelo Mini, haveria uma chance de o BMW ser produzido em Araquari (SC).