Segredo: novo Série 3 indica mudanças profundas na BMW
A nova geração do sedã, que deve estrear no Salão de Frankfurt, em setembro de 2017, terá versões híbridas e funções autônomas
A próxima geração do BMW Série 3 já tem data para chegar: será em setembro de 2017. A estreia, provavelmente, acontecerá no Salão de Frankfurt, palco dos lançamentos mais importantes das marcas alemãs. O Série 3 é o modelo mais vendido da BMW e merece uma apresentação em grande estilo.
O novo Série 3 será revolucionário, segundo informações que nos chegam de fontes ligadas à fábrica e de publicações europeias, que já flagraram o carro em teste, nas ruas de Munique, onde fica a sede da BMW.
Ao contrário da geração atual, que estreou com a sensação de que a marca não queria mexer em time que estava ganhando, a nova geração (que é a sétima) deve simbolizar os novos tempos não só da montadora, mas também da indústria automobilística. E a razão para isso é que no centro de sua evolução o Série 3 terá tecnologias que marcam as mudanças que vão ocorrer com os automóveis nos próximos anos, como a eletrificação dos motores e a presença de recursos de condução autônoma.
O novo sedã ainda terá versões com motores a gasolina, diesel e flex. Mas sua capacidade cúbica está ficando cada vez menor. Além dos conhecidos 2.0 de quatro cilindros e 3.0 de seis cilindros, fala-se de uma versão 1.5 de três cilindros (motor já aplicado no cupê esportivo i8) com 136 cv de potência. Os destaques, porém, serão as versões híbridas (Full Hybrid e Plug-in), que devem usar esses mesmos motores 1.5 e 2.0 associados a elétricos.
Já no que diz respeito à assistência ao motorista, o novo Série 3 poderá fazer autonomamente manobras de estacionamento, se conservar dentro das faixas de rodagem, frear quando necessário, realizar ultrapassagens em determinados momentos e também assumir o controle da condução nas estradas e no anda e para do trânsito.
Visualmente, não se espera mudanças radicais. Por fora, o sedã deve ganhar uma atualização, reforçando seu caráter esportivo. Aqui mostramos uma projeção baseada no protótipo camuflado fotografado na Alemanha. Por dentro, ao contrário, as alterações serão maiores, mas principalmente em função dos novos equipamentos que o carro terá.
O quadro de instrumentos será digital com tela TFT, como o dos novos Audi. A central multimídia deve dominar a cena, no console, com uma tela grande e sensível ao toque, apesar de poder ser comandada por voz e gestos. A BMW também deve caprichar no acabamento, usando materiais ainda mais nobres, estimulada pelas melhorias introduzidas pela Mercedes-Benz, no Classe C e as novidades trazidas pelo novato Jaguar XE.
Outro destaque do novo Série 3 é o chassi, uma vez que ele foi construído sobre a nova plataforma modular da marca Clar (Cluster Architecture), que usa partes de fibra de carbono associadas a aço de alta resistência e a alumínio, para pesar pouco e oferecer grande rigidez. Essa plataforma estreou em 2015, no sedã topo da Série 7, e estará na nova geração da Série 5, que deve ser mostrada no início de 2017.
Com a nova base, o Série 3 não perde o equilíbrio dimensional que tem, mas deve ficar ligeiramente mais largo (para garantir maior espaço interno) e mais baixo (para assegurar melhor aerodinâmica e um visual mais esportivo).
No Brasil, a fabricação nacional do novo Série 3 começa a ser especulada, assim como ocorre com o novo sedã da Série 1. Segundo fontes, fornecedores brasileiros de componentes já estariam sendo sondados para uma possível linha de produção.