Segredo: VW vai relançar a Kombi no Brasil, mas elétrica e com 370 cv
QUATRO RODAS teve acesso exclusivo ao plano de eletrificação da marca. Ele prevê cinco produtos até 2023, inclusive a "Kombi do futuro"
![O encontro das VW Kombi do passado e do futuro](https://gutenberg.quatrorodas.abril.com.br/wp-content/uploads/2019/12/volkswagen_and_nike_bring_blue_ribbon_sports_coast_to_coast-large-10292-e1576174503105.jpg?quality=70&strip=info&w=1024&crop=1)
Foi em dezembro de 2013 que a linha de montagem da Volkswagen Kombi foi desativada em São Bernardo do Campo (SP), fruto da nova legislação que obriga carros vendidos no Brasil a terem airbags frontais e freios ABS.
Desde então, a marca alemã nunca mais ofereceu uma van no mercado brasileiro. Isso mudará em 2023, exatos dez anos depois. É esse o prazo que a fabricante estipulou para lançar no país a sucessora da Kombi. E ela será elétrica.
QUATRO RODAS teve acesso exclusivo ao plano de eletrificação da VW no país, que já foi apresentado de maneira secreta a diretores locais da companhia e prevê cinco lançamentos nos próximos quatro anos.
![Volkswagen Golf GTE](https://gutenberg.quatrorodas.abril.com.br/wp-content/uploads/2019/11/547b76a8-eda9-4a3f-919f-feca7ec4e5e2-e1576087425997.jpeg?quality=70&strip=info&w=1024&crop=1)
O primeiro deles a empresa já anunciou: será o híbrido Golf GTE, que vem importado da Europa para assumir o lugar do extinto GTI nacional, a fim de evitar que o hatch médio seja definitivamente tirado de linha em nosso mercado enquanto a oitava geração não chega.
Embora a apresentação tenha acontecido este ano – nossa reportagem, inclusive, já o experimentou –, o início efetivo das vendas (em lote com 99 unidades) será em 2020.
Híbrido com recarga externa, o Golf GTE combina um motor 1.4 turbo a gasolina de 150 cv a outro elétrico, rendendo 204 cv e 35,7 mkgf de potência e torque combinados.
![Volkswagen Tiguan GTE Active Concept](https://gutenberg.quatrorodas.abril.com.br/wp-content/uploads/2019/12/db2015au01257_large-e1576173357162.jpg?quality=70&strip=info&w=1024&crop=1)
Para 2021 a Volkswagen deve começar a vender no Brasil o Tiguan GTE, que sequer foi lançado ainda nos Estados Unidos ou na Europa. Tal qual o Golf GTE, terá recarga externa e combinará o mesmo propulsor 1.4 turbo a dois elétricos, que juntos devem atingir 225 cv.
![Volkswagen Touareg](https://gutenberg.quatrorodas.abril.com.br/wp-content/uploads/2018/03/db2018au00177_small.jpg?quality=70&strip=info&w=1024&crop=1)
Nesse mesmo ano a empresa planeja lançar no país a nova geração do suvão Touareg, na configuração híbrida PHEV, já existente na China.
Esta também é recarregável na tomada e traz um 2.0 turbo a gasolina aliado a um motor elétrico que faz o conjunto render 368 cv e 71,4 mkgf.
![VW ID Crozz](https://gutenberg.quatrorodas.abril.com.br/wp-content/uploads/2017/09/db2017au01331_small-e1505170108609.jpg?quality=70&strip=info&w=1024&crop=1)
Em 2022, será a vez de a marca lançar seu primeiro carro 100% elétrico no país: a versão de produção do I.D. Crozz, SUV cupê já apresentado conceitualmente no Salão de Frankfurt há dois anos, e que deve ganhar vida na Europa ano que vem.
Terá um motor 100% elétrico acima de 300 cv, e promete uma autonomia de 500 km.
![VW I.D. Buzz – Kombi](https://gutenberg.quatrorodas.abril.com.br/wp-content/uploads/2017/10/874a2286.jpg?quality=70&strip=info&w=1024&crop=1)
Por fim, no ainda relativamente longínquo 2023, o plano prevê a chega da I.D. Buzz, minivan também derivada da plataforma modular voltada a veículos elétricos da Volkswagen, a MEB. É considerada a Kombi do futuro, e já foi avaliada por QUATRO RODAS.
![ID._BUZZ_concept-Large-7168](https://gutenberg.quatrorodas.abril.com.br/wp-content/uploads/2019/12/id._buzz_concept-large-7168.jpg?quality=70&strip=info&w=1024&crop=1)
A I.D. Buzz ganhará vida na Europa em 2022, para substituir a Transporter 6, sexta geração do utilitário que foi produzido no Brasil entre 1950 e 2013, como gerações 1 e 2.
![VW I.D. Buzz Cargo](https://gutenberg.quatrorodas.abril.com.br/wp-content/uploads/2019/12/2018_los_angeles_auto_show-large-9116-e1576173776501.jpg?quality=70&strip=info&w=1024&crop=1)
Será 100% elétrica, oferecerá 370 cv de potência com tração integral e autonomia prometida de até 600 km no ciclo EPA. Bem diferente da primeira Kombi vendida em nosso mercado nos anos 50, com propulsor 1.1 a gasolina de 25 cv e tração traseira.
Se a troca da Kombi refrigerada a ar pela arrefecida a líquido já gerou um burburinho enorme entre os entusiastas, como a futura Kombi elétrica será aceita em nosso mercado? Teremos de esperar longos quatro anos para descobrir.
A ansiedade até lá será grande.