Maior rali do mundo, em uma semana o Sertões 2022 já passou pelas regiões Sul, Sudeste e Centro-Oeste do Brasil. Na sexta-feira, os pilotos entraram na região Norte pela Ilha do Bananal, a maior ilha fluvial do mundo, no Tocantins, e seguiram até Palmas (TO).
O menor trecho de deslocamento desta edição do Rally dos Sertões (de especial, o trecho cronometrado, foram só 143 km) marcou, também, o final da primeira maratona, que havia começado no dia anterior com o maior deslocamento diário da prova: 682 km, até chegarem a São Félix do Araguaia (MT).
Lá, os pilotos não tiveram o apoio de mecânicos: qualquer intervenção necessária seria feito pelos pilotos e navegadores, em tempo cronometrado. As equipes, exceto por algumas pessoas, seguiram direto para Palmas.
E a maratona veio logo após a etapa com maior trecho de especial, com 527 km entre Costa Rica (MS) e Barra do Garças (MT). Na noite que antecedeu a maratona, quem corria contra o tempo eram os mecânicos, fazendo inspeções completas e manutenções preventivas para evitar qualquer problema no trecho mais intenso dos Sertões.
O sábado de descanso serviu para os mecânicos colocarem os veículos em ordem. As próximas duas etapas do Rally dos Sertões, de Palmas a Mateiros (MT) e de Mateiros a Bom Jesus (PI) também serão de maratona. Somadas, serão 832 km de especiais e 1.032 km de deslocamento total pela região do Jalapão.
As duas etapas marcam o início do chamado “Sertões Norte”. Enquanto boa parte dos pilotos lida com o desgaste das primeiras sete etapas, outros se juntam à competição para disputar os próprios troféus. Também há troca de veículos: o piloto Zé Hélio troca o UTV Giaffone Exo NB por moto, categoria na qual é pentacampeão. Marcos Moraes e Fábio Pedroso, vencedores do Sertões Sul entre os carros, agora trocam o protótipo T-Rex por um UTV classe T3.
Nas próximas etapas, o Sertões passará pelas cidades de Balsas (MA), Imperatriz (MA) e Paragominas (MA) antes da linha de chegada em Salinópolis (PA).
Sertões Sul
De Foz do Iguaçu até a chegada a Palmas foram 4.065km de percurso, dos quais 2.358km de trechos cronometrados (especiais). Desta forma, 56% do rali já foi cumprido, encerrando o chamado “Sertões Sul”. Foi o suficiente para passar por regiões de mata atlântica, cerrado e pantanal, além extensas plantações de cana, soja e algodão.
Difícil para os pilotos é acompanhar a mudança de vegetação ao redor. Houve etapas com os carros chegando aos 214 km/h e as motos, a 170 km/h. Os UTVs têm velocidade limitada a 130 km/h pelo regulamento da prova.
Classificação geral dos competidores após a sétima etapa:
CARROS
1) #323 Lucas Moraes/Kaíque Bentivoglio, Toyota Hilux Overdrive T1+, (1)T1F, 24h56min41
2) #305 Marcelo Gastaldi/Cadu Sachs, Buggy Century CR6, (2)T1F, a 6min10
3) #304 Marcos Baumgart/Kleber Cincea, Toyota Hilux IMA V8, (3)T1F, a 12min03
4) #350 Julio Capua/Bina Cavassin, Toyota Hilux Overdrive T1+, (4)T1F, a 1h05min51
5) #314 Mauro Guedes/Filipe Palmeiro, Ford Ranger V8 T1, (1)T1B, a 2h07min16
MOTOS
1) #06 Bissinho Zavatti, Honda CRF 450RX, (1)MT2, 27h12min42
2) #21 Martin Duplessis (ARG), Honda CRF 450RX, (1)MT1, a 23min24
3) #04 Ricardo Martins, Yamaha WR 450F, (2)MT1, a 30min34
4) #02 Jean Azevedo, Honda CRF 450RX, (3)MT1, a 38min22
5) #19 Gabriel Soares, Honda CRF 450RX, (2)MT2, a 57min48
UTV
1) #216 Rodrigo Varela/Matheus Mazzei, Can-Am Maverick, (1)UT1, 27h50min50
2) #203 Cristiano Batista/Robledo Nicoletti, Can-Am Maverick, (1)UOP, a 6min40
3) #301 Deninho Casarini/Ivo Mayer, Can-Am Maverick, (2)UT1, a 9min48
4) #227 Rodrigo Luppi/Maykel Justo, Can-Am Maverick, (3)UT1, a 18min13
5) #205 Fábio Pirondi/Marcelo Ritter, Can-Am Maverick, (1)UT2, a 21min50
Classificação final do Sertões Sul
CARROS
1) Marcos Moraes/Fábio Pedroso (T-Rex)
2) Victor Pudell/Claudemir Hubner (Mitsubishi L200 Triton)
3) Fernando Rosset/Marcelo Haseyama (Ford Ranger T1)
MOTOS
1) Kassiano Burtett (KTM 690 Enduro R)
UTV
1) Luís Carlos Nacif/Erick Rocha (Can-Am Maverick X3)
2) Nelsinho Piquet/Filipe Bianchini (Can-Am Maverick X3)
3) Edson Silveira/Cesinha Pereira (Can-Am Maverick X3)