Sucesso do novo Polo faz Volkswagen voltar atrás em layoff de fábrica
Vendas significativas do Polo levaram montadora a trocar suspensão de contratos de trabalho por férias coletivas de 10 dias em Taubaté (SP)
A Volkswagen voltou atrás na decisão de suspender o contrato de trabalho de 800 trabalhadores da fábrica de Taubaté (SP). Em vez disso, a montadora vai adotar férias coletivas de 10 dias para dois turnos da unidade. A pausa começa na próxima segunda-feira (31).
De acordo com comunicado enviado pela Volks no último domingo, o cancelamento do layoff se deu “em razão do bom desempenho do modelo Polo”. O hatch foi o veículo mais vendido do País nos últimos dois meses. Só em novembro, ele teve 9.949 unidades emplacadas. O Polo Track, versão mais barata do modelo, tem produção baseada na planta do interior paulista.
O Sindmetau (Sindicato dos Metalúrgicos de Taubaté e Região) comemorou a medida ao afirmar que as férias vão inibir demissões. No entanto, o presidente da entidade, Claudio Batista, ponderou que “enquanto os juros continuarem altos, todo o setor ainda estará sujeito a paradas temporárias”.
A suspensão do contrato de trabalho de um terço dos funcionários de Taubaté havia sido anunciada pela Volkswagen na última terça-feira (18). Ela seria adotada a partir de 1º de agosto e afetaria um turno da produção.
“A fábrica de São José dos Pinhais (PR) segue com um turno em layoff desde 5 de junho. As unidades Anchieta, em São Bernardo do Campo (SP), e São Carlos (SP – motores) estão operando normalmente”, detalhou a Volkswagen em nota.
O layoff em Taubaté foi anunciado uma semana após o término do subsídio do governo federal ao setor automotivo, que deu créditos de até R$ 8.000 apenas para a venda de automóveis. Deste montante, R$ 100 milhões foram solicitados pela Volkswagen, segundo o Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços.