SUV Jeep de sete lugares testa faróis e pode ter motor de 200 cv exclusivo
Enquanto flagras mostram indefinição quanto a luzes do novo carro, bomba auxiliar pode solucionar problemas do turbodiesel renovado
O aguardado SUV de sete da Jeep será lançado ainda em 2021 e, para isso, seus testes continuam a pleno vapor. O modelo foi visto em viagens pelo Rio de Janeiro e Paraná e rendeu bons flagras, exclusivos de QUATRO RODAS.
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Nas fotos é possível reparar mais detalhes do utilitário, dando pistas do que vem por aí. Além disso, informações obtidas pela reportagem reforçam que a Jeep usará uma bomba d’água auxiliar a fim de obter o tão aguardado ganho de potência do motor 2.0 diesel da marca, que passará por upgrade.
Traseira misteriosa
Visto em outubro de 2020, na Índia, o projeto 598 exibia quase a definição perfeita “Compass esticado”, com traseira idêntica ao SUV médio da Jeep. Tudo mudou, porém, nos testes de inverno da Suécia, quando os protótipos começaram a exibir luzes de freio improvisadas, semelhantes às de implementos rodoviários, causando estranhamento.
As novas imagens enviadas pelo leitor Beneval Braz sugerem que as lanternas antigas simplesmente foram removidas, com a gambiarra servindo ao básico da legislação de trânsito.
Nos cliques, feitos nas ruas de Curitiba, é possível notar que a moldura da peça externa da lanterna se mantém inalterada. Ao mesmo tempo, um pano preto, sem volume, oculta o espaço deixado pelas peças internas.
Isso não quer dizer que a traseira segue intacta, já que o para-choques mais volumoso ainda rouba a cena e traz novas partes luminosas, além do brake light bem mais comprido no teto.
Testes de brilho
A dianteira do novo Jeep — cujo batismo muitos apostam que será Commander — também segue em fase de ajustes. E os flagras do leitor João Victor, no Rio de Janeiro, explicam um pouco do porquê.
Detalhes apresentados no breve teaser oficial do carro, como os paralelepípedos tridimensionais da grelha, puderam ser vistos in loco, confirmando uso padrão aplicado nos novos Grand Cherokee L e Grand Wagoneer.
A grade inferior, por outro lado, apresenta formas alongadas e suporte para instalação de sensores ópticos, em esquema e estética bem próxima do Grand Wagoneer.
Em crise de identidade, o projeto 598 parece bem indefinido quanto aos seus instrumentos luminosos, que seguem constantemente modificados.
Os protótipos de neve, por exemplo, traziam o para-choques dianteiro do Compass antes de seu novo facelift e quatro faróis de neblina funcionando ao mesmo tempo. Além dos faróis de neblina convencionais do SUV médio, havia dois novos em led, também similares aos da Grand Cherokee L.
O protótipo do Rio, entretanto, apareceu em configuração mista, com peças diferentes em cada lado do para-choques (bem camuflado). Por conta do impasse, a Jeep do Brasil vêm recorrendo a filiais estrangeiras para obter amostras importadas de alojamento, molduras cromadas e luzes de seta dos conjuntos luminosos.
Até mesmo os faróis principais, full-led, receberam opções do estrangeiro, tal como as lanternas traseiras.
Em busca de mais potência
Não é segredo que Jeep e Fiat estão recalibrando o motor 2.0 turbodiesel usado no Compass e Toro a fim de atingir cerca de 200 cv de potência e 40 kgfm de torque.
A solução encontrada para que esse desempenho não ferisse os limites de poluição nacionais foi usar utilizar tratamento de gases via ureia, acrescentando um tanque de Arla 32 aos carros.
O compartimento foi bem exposto no curioso capotamento do Compass protótipo e alimentou palpites de que o motor “anabolizado” seria anunciado junto ao facelift do carro – o que não ocorreu.
Como a Jeep sequer tratou dessa motorização nas apresentações do Compass 2022 – que estreia em maio mas só terá as versões diesel lançadas em junho –, o projeto 598 ganhou força nas apostas de que estreará a nova versão da unidade de potência.
Informações obtidas por QUATRO RODAS inclusive dão conta de que o carro usará uma segunda bomba d’água no sistema de arrefecimento da unidade de potência, aumentando a eficiência térmica do sistema. É um componente que a Amarok V6 de 258 cv tem e as de 225 cv não têm.
A bomba auxiliar é elétrica, movida por corrente contínua e também poderia ser implantada no Compass 2022, que finalmente ganharia sua variante diesel.
Em meio a crise intensa da indústria automotiva, a Stellantis dobrou a banca e parece aproveitar a paralisação de suas concorrentes para abrir margem. Só nos próximos 12 meses haverá lançamentos como o SUV do Argo (provisoriamente Progetto 363), da nova Fiat Toro, o utilitário de sete lugares e versões híbridas do Renegade e/ou Compass, revigorado.
Os prazos foram dados oficialmente e agora a “batata quente” está em Betim (MG) e Goiana (PE), que correm para não frustrar as expectativas do mercado.
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