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Tesla é 100% banida de cidade que terá reunião do Partido Comunista Chinês

Receio de espionagem e possível retaliação aos EUA estimula proibição de carros da marca ao redor de importante reunião política na China

Por Bruno dos Santos
22 jun 2022, 13h28
China não confia no tratamento que Tesla dá aos dados coletados por seus carros
 (Eric Lin/Unsplash)
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Prestes a receber uma importante reunião de líderes políticos, a cidade chinesa de Beidaihe está oficialmente proibida de ser visitada por carros da Tesla, anunciou o governo do país. A medida tem a ver com o receio de que as várias câmeras e sensores dos modelos elétricos sejam usados para espionagem, segundo a Reuters. O site Electrek vai além, e cita uma possível represália ao banimento da Huawei dos Estados Unidos.

Ainda que Elonk Musk e Beijing mantenham fortes e amigáveis relações, a partir do dia 1º de julho haverá barreiras de trânsito em Beidaihe — cidade turística próxima à capital da China —, nas quais agentes de trânsito ordenarão que todos os Tesla deem meia-volta. A retenção valerá por no mínimo dois meses e coincide com um “conclave” de altas lideranças do Partido Comunista local.

Essa não é a primeira vez que a Tesla sofre sanções na China, sempre com relação ao medo de espionagem: no ano passado, integrantes do exército chinês foram proibidos de estacionar veículos da marca em bases ou alojamentos.

Além do piloto automático, câmeras dos Tesla alimentam espécie de caixa-preta para registro de acidentes
Além do piloto automático, câmeras dos Tesla alimentam espécie de caixa-preta para registro de acidentes (Electrek/Reprodução)

Misterioso em suas diretivas, o governo chinês não explicou porque outras marcas que também utilizam câmeras e sensores estariam permitidas de circular em Beidaihe ou nos complexos militares. Uma explicação, entretanto, pode estar no fato da Tesla ser a única montadora com fábrica 100% própria na China; todas as outras marcas ocidentais, por outro lado, funcionam em parceria com fabricantes locais.

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Cidade de Beidaihe, na China
Cidade de Beidaihe, na China (Charlie Fong/Wikipedia)

Com um dos sistemas de direção autônoma mais avançados do mundo, a Tesla utiliza dados de vídeo, radares e telemetria para alimentar sua poderosíssima rede neural, que utiliza essas informações para “aprender” a dirigir melhor com o tempo. Sobre isso, Elon Musk negou categoricamente qualquer espionagem. “Ainda que houvesse espionagem, o que um outro país aprenderia (com esses dados) e para o quê eles serviriam?”, completou.

Além das crescentes proibições de circulação, o escrutínio chinês também fez com que a Tesla anunciasse, há alguns meses, a criação de data centers em solo chinês, a fim de armazenar localmente todos os dados coletados dos carros fabricados em Xangai, onde fica a planta da norte-americana.

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