Corolla Cross, VW Taos, novo Captur: 2021 será ano difícil para o Compass
Segmento de SUVs médios é dominado pelo Jeep e terá a entrada de três fortes concorrentes no primeiro semestre de 2021
O Jeep Compass teve vida relativamente fácil até agora. Lançado há quatro anos, o SUV conseguiu atrair um novo público para o segmento de médios. Especialmente aqueles que estavam migrando dos sedãs médios e buscando algo maior que os SUVs compactos.
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Deu certo. Do lançamento até novembro último, 222.346 Jeep Compass ganharam as ruas do Brasil. Para efeito de comparação, o Hyundai ix35, que era um dos grandes rivais do Compass no lançamento, teve 108.906 unidades vendidas no Brasil desde 2010.
Não surpreende que agora, após quatro anos, tantos fabricantes estejam se preparando para tentar, à sua maneira, roubar vendas do Jeep. E são fabricantes fortes, como Volkswagen, Toyota e Renault, e todos com planos para o primeiro semestre de 2021. O Jeep Compass, por sua vez, está se preparando para este embate. Mas quem promete mais?
Toyota Corolla Cross
O nome Corolla é forte, mas o “Cross” talvez minimize o carro. Não se trata de uma mera versão aventureira como era o Etios Cross, por exemplo. É um SUV médio de verdade, que compartilha a plataforma, o painel e a mecânica com o sedã médio mais vendido do Brasil.
Em outras palavras, o Toyota Corolla Cross levará para o segmento alguns dos conjuntos mecânicos mais modernos dos carros brasileiros. Mesmo o motor 2.0 aspirado é recente, com injeção direta e indireta e entrega mais potência que a esperada para os rivais: 177 cv e 21,4 kgfm. Está sempre combinado a um câmbio CVT com a primeira marcha real, por engrenagem, e outras nove simuladas.
As versões mais caras receberão a mesma mecânica hibrida flex do sedã, um 1.8 de 101 cv e 14,2 kgfm combinado a dois elétricos na transmissão que somam 72 cv e 16,6 kgfm. A potência combinada é de 122 cv.
As semelhanças com o sedã não devem parar por aí. A gama de versões também tende a ser semelhante, com três versões com motor 2.0 e duas híbridas. Com o Corolla partindo dos R$ 114.590, o Corolla Cross tende ter preços entre R$ 130.000 e R$ 170.000. O lançamento é esperado para março.
Volkswagen Taos
Se o Corolla Cross tem muito do sedã Corolla, o Volkswagen Taos está intimamente ligado ao sedã Jetta. Ambos compartilham a plataforma MQB-A e o conjunto mecânico também é igual: motor 1.4 TSI de 150 cv e 25,5 kgfm e câmbio automático de seis marchas.
Equipamentos como piloto automático adaptativo, radar detector de pedestres, sistema de frenagem autônoma de emergência, detector de pontos cegos, sensor de tráfego traseiro, quadro de instrumentos digital e central multimídia VW Play também estarão disponíveis.
Serão pelo menos duas versões e pelo menos uma delas terá carregamento sem fio para smatphones, bancos dianteiros aquecidos e grade iluminada por um filete de leds – que promete ser seu maior diferencial no design, Outros elementos de diferenciação entre versões serão o teto preto e as rodas diamantadas.
O Volkswagen Taos chegará importado da Argentina no segundo trimestre de 2020 e terá a missão de preencher a lacuna entre o T-Cross Highline (R$ 125.690) e o Tiguan Allspace Comfortline (R$ 175.140), que, por sinal, também usam o mesmo conjunto mecânico.
Renault Captur
A Renault pode estar preparando a redenção do Captur. Apesar das dimensões avantajadas, ele é um SUV compacto mas pode entrar de penetra na festa dos novos SUVs médios. Isso porque sua reestilização, prevista para meados de 2021, será acompanhada de uma boa evolução em aspectos delicados para o modelo atual.
O primeiro é o motor. Se hoje usa o mesmo 1.6 aspirado de 120 cv do Duster, ganhará um inédito 1.3 turbo flex que pode superar os 170 cv e seguirá combinado com câmbio CVT. Já a lista de equipamentos tende a passar por uma boa evolução para entregar equipamentos de segurança já disseminados entre os SUVs, como frenagem de emergência e monitor de pontos cegos.
Por fim, mas não menos importante, o acabamento interno promete uma evolução. Os plásticos duros e de baixa qualidade darão lugar a peças emborrachadas, como no Jeep Compass, e o quadro de instrumentos também será mais sofisticado.
Por outro lado, as mudanças do lado de fora não irão muito além de uma reestilização. Não que o Renault Captur seja feio (na verdade, o design é, hoje, sua grande qualidade), mas pode ser injusto mudar tão pouco por fora e tanto por dentro.
Jeep Compass
Anfitrião da festa, o Jeep Compass está se preparando para o ataque alheio. Sua reestilização de meia vida também tem estreia programada para o segundo trimestre de 2021 e, se mudará pouco por fora, pelo menos abandonará o datado motor 2.0 aspirado.
A grande novidade será um inédito motor 1.3 turbo flex com mais de 170 cv e que, de acordo com o Autos Segredos, será combinado com câmbio CVT. Mas manterá o 2.0 turbodiesel de 170 cv com câmbio automático de nove marchas intocado.
Se por fora as mudanças estão restritas a uma nova frente, com grade maior, faróis mais estreitos e para-choque repaginado, o interior foi completamente repaginado. O painel agora é dominado por linhas horizontais e tem uma faixa de material sintético que imita couro. Em destaque fica a nova central multimídia Uconnect 5 com tela de 10,25 polegadas retangular.
Abaixo da tala estão alguns comandos físicos, sempre benvindos, e as saídas de ar-condicionado centrais bem estreitinhas. As laterais, por sinal, estão escondidas na faixa central do painel. O novo console agora tem um porta-objetos grande e com carregador wireless para smartphones.
Pelo menos nas versões mais completas e caras o quadro de instrumentos analógico dá lugar a uma tela de 10,1 polegadas. O volante é novo e segue as formas dos carros mais recentes da Jeep.
Resolvendo a questão da usabilidade do interior do Compass, reforçando o pacote tecnológico e introduzindo um novo motor mais eficiente e potente, o Jeep Compass 2022 estará no mesmo patamar dos rivais. E mais para o fim do ano ganhará versão híbrida no Brasil, mas será importada.
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