Mais uma fábrica é obrigada a parar a produção por falta de insumos. Dessa vez é a planta da Volkswagen em Taubaté, interior de São Paulo, que dará férias coletivas aos funcionários.
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Segundo informações do Sindmetau (Sindicato dos metalúrgicos de Taubaté), a paralisação ocorre devido à falta de semicondutores e módulos de airbag, essenciais para a montagem dos veículos. Os funcionários dos dois turnos serão dispensados no dia 12 de julho e retornarão, a princípio, após 20 dias.
Essa será a segunda paralisação da fábrica nos últimos dois meses. A primeira, do dia 7 ao dia 16 junho, ocorreu pelo mesmo motivo. Outras três unidades da VW também pararam nesse mês: as fábricas de São Carlos e São Bernardo do Campo, em São Paulo, e São José dos Pinhais, no Paraná, tiveram a fabricação de veículos suspensa por 10 dias, começando no dia 21, alegando a mesma escassez de componentes.
Enquanto estiver parada, a fábrica de Taubaté receberá atualizações na linha de montagem. A planta será responsável pela produção do inédito Polo Track, que utiliza a plataforma MQB-A0 e será o novo veículo de entrada da montadora, aposentado, de uma vez, Fox, Up! e Gol.
De acordo com a Anfavea, a escassez de semicondutores é um problema global, que atinge outros setores além do automobilístico. A associação também afirmou que a crise por essa matéria-prima só deverá se normalizar a partir do próximo ano.
Outras montadoras, como a GM, também estão sofrendo muito com a crise dos semicondutores. A montadora americana parou as fábricas de em São Caetano do Sul (SP) e Gravataí (RS), onde o então líder vendas Onix é produzido. Consequentemente, a liderança de vendas em maio foi do Fiat Argo, fabricado sem maiores interferências no complexo da Stellantis em Betim. A unidade da GM no ABC tem previsão de voltar até o começo de agosto. Já a planta gaúcha, que está parada desde abril, teve novo adiamento e agora previsto a data de seu retorno é 16 de agosto.