Volkswagen também pode vender a Lamborghini para desenvolver elétricos
Esforços no desenvolvimento de elétricos e sistemas autônomos estão fechando o cerco nos superesportivos caros de produzir
A transição da Volkswagen para um futuro de carros elétricos pode não resultar apenas na venda da Bugatti, mas também na venda da Lamborghini.
Isso é o que aponta a Reuters. Fontes da agência de notícias disseram que o Grupo Volkswagen está estudando como algumas de suas marcas de nicho – e aí não entram apenas Bugatti e Lamborghini, como também a Ducati, fabricante de motocicletas – poderiam ser reestruturadas ou mesmo vendidas, caso o planejamento futuro se mostre realmente dependente dos carros elétricos.
Desde 2016 a Volkswagen tem relatórios que sugerem a venda de algumas marcas. Mas em 2019 a Bloomberg já apontava sobre a possibilidade da Lamborghini ser vendida para se tornar independente.
Há um conflito de interesses. Enquanto as normas de emissões ficam mais rígidas na Europa, condenando (ou encarecendo) motores maiores, o Grupo Volkswagen busca meios de que dobrar seu valor no mercado de ações.
Mesmo sendo a maior fabricante de automóveis do mundo, a Volkswagen vale menos que a Tesla e a Toyota.
O que acontece é que o lucro das marcas de volume da Volkswagen (inclusas Audi, Skoda e Seat) financiam a pesquisa e o desenvolvimento dos novos Bugatti e Lamborghini. Mas raramente o desenvolvimento de um motor de 16 cilindros com quatro turbos ou V12 aspirados ainda mais potentes beneficiam os projetos de novos VW Golf ou Audi A4.
Isso piora neste momento, quando as fabricantes europeias estão focadas em eletrificar até mesmo seus carros de volume. Principalmente sabendo que isso e a direção autônoma tendem a ser o futuro. E o desenvolvimento de tudo isso também é caríssimo.
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