Volvo XC40 elétrico: anda mais que Porsche, mas custa R$ 400.000
SUV eletrificado rende até 416 cv com dois motores e tem autonomia de 418 km, mas na prática (e na estrada) pode rodar bem menos
Até há pouco tempo, era possível encontrar nas lojas versões híbridas e elétricas do SUV de entrada da Volvo, o XC40.
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No fim do ano, porém, a sueca anunciou que iria descontinuar o modelo híbrido plug-in, que ficou sobrando nas concessionárias graças ao sucesso da versão puramente elétrica — mais alinhada com o propósito da Volvo de comercializar apenas modelos puramente elétricos a partir de 2030.
Ela, a partir de agora, terá companhia de outro SUV movido somente a eletricidade, o Volvo C40. Mas, diferentemente do XC40, que foi adaptado de um modelo a combustão, o novo C40 foi desenvolvido do zero já para ser puramente elétrico, e cobra por isso: enquanto o XC40 custa R$ 399.950, o C40 sai por R$ 419.950.
O XC40 Pure Eletric já está à venda desde setembro em nosso mercado e segundo a marca é um dos modelos de maior procura entre os clientes. Existe uma tendência de proprietários dos SUVs equipados com o motor a combustão migrarem para versão eletrificada, mesmo sendo consideravelmente mais cara, afirma o fabricante.
Para descobrir se a aquisição ou troca vale mesmo a pena, fizemos uma avaliação completa em vídeo. E já dá pra adiantar que o SUV tem atributos consideráveis.
Ele cumpriu o 0 a 100 km/h em apenas 4,9 segundos — desempenho superior ao do Porsche 718 e do Audi e-tron. Isso graças aos dois motores (um em cada eixo) que proporcionam 413 cv, quase o dobro da potência da versão híbrida).
Em tempos de preços estratosféricos dos combustíveis é música para os ouvidos saber que esse modelo não depende de uma gota de gasolina para acelerar, mas, a questão da recarga é um capítulo à parte. Se você pensa em adquirir o SUV sustentável será necessário instalar um wallbox (aparelho que permite a conexão da rede elétrica doméstica ao carro) e para isso há um investimento de cerca de R$ 10.000. Conectado nesse aparelho a estimativa é que em sete horas o conjunto de baterias será totalmente recarregado.
A autonomia declarada é de 418 km, mas rodando na estrada esse número pode cair drasticamente, afinal há menos frenagens e portanto menor recuperação de energia. Para não ficar na mão há pontos de recarga rápida instalados em algumas rodovias brasileiras capazes de recarregar 80% das baterias em 40 minutos. Porém ainda há poucos postos como esse.
Para solucionar a questão da redução da autonomia nas estradas, a Volvo anunciou que investirá 110 milhões de reais na instalação de pontos de recarga rápida que serão distribuídos pelas estradas brasileiras e 13 deles já estarão funcionando até abril.
E essa infraestrutura pode resolver a questão da autonomia dos elétricos por aqui e tornar a decisão de ter um carro elétrico no Brasil bem mais fácil.