VW Amarok ficará mais equipada e segura no Brasil, mas sem nova geração
Picape importada da Argentina terá atualização profunda e ganhará novos equipamentos. Nova geração será feita na África em parceria com a Ford
A Volkswagen Amarok fabricada na Argentina e vendida no Brasil vai passar por um processo de modernização e ficará mais segura e mais equipada. Mas isso não significa que a nova geração da picape será vendida por aqui.
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Segundo o CEO da Volkswagen para a América do Sul, Pablo Di Si, o modelo que foi lançado em 2010 será atualizado para continuar a venda em toda a América Latina por mais alguns anos. O anúncio foi feito nesta quarta-feira, 4, em evento realizado na fábrica de Pacheco, Argentina, onde a picape média é produzida.
A declaração do executivo, que acumulava a presidência da VW do Brasil até a virada do ano, leva a crer que a região vai permanecer com a atual geração da picape, em detrimento de um projeto totalmente novo, que já está em desenvolvimento. Flagrado em testes na semana passada, ele é elaborado em parceria com a Ford em uma fábrica na África do Sul.
Isso quer dizer que a segunda geração da Amarok será uma irmã da nova Ranger. A diferença é que o projeto da Ford já foi confirmado para ser fabricado na Argentina e vendido no Brasil, e deve chegar às lojas em 2023.
Já o projeto latino da Amarok será um facelift profundo da primeira geração. Esse esforço será viabilizado por um investimento de 250 milhões de dólares (cerca de R$ 1,2 bilhão) na fábrica de Pacheco.
Embora não seja um projeto totalmente novo, as otimizações na Amarok são bem-vindas, principalmente em relação à segurança. Atualmente, o a picapes é uma das poucas do segmento a ficar devendo itens como sistema de frenagem de emergência, monitor de ponto cego e sistema de permanência em faixa. Em contrapartida, há rivais que já dispõem de piloto automático adaptativo e câmera 360º.
O investimento na Argentina vai contemplar, ainda, outro modelo vendido no Brasil. Isso porque será instalada uma nova linha de estamparia dedicada ao Taos, o que visa ampliar o índice de peças nacionais do SUV.
Mas a maior importância do montante que será desembolsado até 2026 tem como destino a produção de motos da Ducati. Durante o evento, foi exibida uma Scrambler com as cores da bandeira argentina.