A apresentação do Volkswagen Polo em partes continua. Depois de nos proporcionar um test-drive, revelar equipamentos e anunciar o início da produção, mostrou detalhes de segurança e ainda as diferenças de design entre o carro nacional. Tudo isso sem mostrar o Polo por completo
Explico: o que a Volks apresentou aos jornalistas foi uma maquete em tamanho real feita de argila sintética (cuja matéria prima principal é enxofre), além de desenhos que retratam fielmente o carro. Mas o Polo de verdade, feito de lata, plástico e borracha (não necessariamente nesta ordem) só será revelado no lançamento, dentro de um mês.
Mas as vendas terão início apenas em novembro.
A forma mais fácil de reconhecer o novo Polo fabricado em São Bernardo do Campo (SP) é olhando para o para-choque dianteiro. Por aqui a peça terá área preta sem pintura acima da tomada de ar central, que se encontra com vincos que nascem nos faróis. Visualmente, parece que o carro ganha uma boca. A tomada de ar, porém, não aumenta.
As alterações são puramente estéticas. Diz a Volks que é para dar ar mais esportivo, algo que teria sido pedido pelos clientes brasileiros em pesquisas preliminares.
Já havíamos falado que nosso Polo terá conjunto óptico diferente, com faróis de duas parábolas sem leds diurnos e lanternas também sem leds. Agora, sabe-se que luzes diurnas de leds estão ao lado dos faróis de neblina e estarão disponíveis a partir da versão intermediária.
Por dentro, nada de plásticos da cor da carroceria como no Polo europeu. O interior muda de acordo com a versão. Na de entrada, sem nome, o painel tom de cinza claro. Na seguinte, Comfortline, os plásticos escurecem um pouco e na topo de linha, Highline, a parte superior do painel é preta e a inferior, cinza claro.
A forração dos bancos também muda de acordo com a versão e couro sintético será opcional na mais cara.
O mais seguro?
A Volkswagen também mostrou unidades do Polo brasileiro submetidos a testes de colisão em seu próprio laboratório. Mas não esconde que está patrocinando os testes do Latin NCAP. Em outras palavras, fornecerá carros (que serão escolhidos pelo Latin NCAP sob regras predefinidas) para a realização dos testes oficiais.
Na verdade, este era o ensejo para falar mais da estrutura do Polo. Como no Up! e no Golf, há aços de ultra-alta resistência e conformados a quente em pontos chave do monobloco. No Polo, os conformados a quente (roxos no infográfico acima), que são mais caros e exigem ferramental próprio, respontem por 18,5% dos aços.
Os aços de ultra-resistência, em vermelho, são usados até mesmo na estrutura dos bancos. Soldas dos bancos e de partes da carroceria são a laser, o que torna a montagem mais precisa e resistente.
Segundo a VW, a disposição dos aços é rigorosamente igual à do modelo europeu – uma leve cutucada em outras montadoras que trazem para o Brasil modelos com estrutura simplificada em relação aos equivalentes do hemisfério norte.
Ainda falando de segurança, o Volkswagen Polo terá de série airbags frontais e laterais (totalizando quatro) sistema Isofix e controle de tração (M-ABS). Versões com motor 1.0 TSI terão controle de estabilidade (ESC) – opcional nos com motores 1.0 MPI e 1.6 16V MSI, aspirados – e freios a disco nas quatro rodas.