O Volkswagen Phaeton foi apresentado em 2002 como um alternativa arriscada aos luxuosos Audi A8, Mercedes-Benz Classe S e BMW Série 7. Era um sedã de alto luxo vendido por uma marca generalista e suas vendas nunca decolaram.
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Assim, depois de quatro retoques visuais, o modelo foi descontinuado em 2016 por decisão do conselho de administração da Volkswagen. Na época, a justificativa foi para um “realinhamento sistemático com foco na mobilidade elétrica”.
Se engana, porém, quem pensa que o fim do Phaeton estava premeditado. Mesmo gerando grandes prejuízos financeiros à Volkswagen, o modelo, uma ambição de Ferdinand Piëch, então presidente do conselho da empresa, tinha uma segunda geração praticamente pronta para ser vendida.
Nesta semana, como uma comemoração aos 20 anos do sedã, a Volkswagen revelou o protótipo de sua segunda geração, batizada de Phaeton D2 Concept, que nunca chegou á produção em série. Desconhecido (e escondido) até agora, o modelo foi o escolhido, na época, entre quatro alternativas diferentes, e é a única unidade finalizada.
Desenho (quase) atual
Mesmo já com oito anos desde a sua finalização (sem contar com o período de desenvolvimento), chama a atenção o design e a tecnologia presentes no Phaeton D2, de 2016. No geral, o visual segue os traços elegantes que ainda compõem o segmento de alto luxo nos dias de hoje.
Na dianteira, o modelo tem uma grade que já não faz mais parte da linguagem da marca, assim como o logotipo ostentado ao centro, que já mudou. Mesmo assim, a grande peça cromada ainda faria sentido em um sedã de centenas de milhares de reais. O para-choque é sóbrio, assim como os faróis full LED e o capô, apesar dos vincos bem marcados.
Na lateral e na traseira, aí sim o Phaeton segue à risca o que ainda se vê nos sedãs da Volkswagen, como vincos horizontais bem marcados acima das maçanetas e lanternas discretas, mesmo com frisos cromados invadindo as peças. Por falar em cromados, eles estão por toda parte, como manda a “opulência” da categoria.
O interior ainda guarda elementos de uma geração mais antiga da marca, como o volante (apesar dos comandos sensíveis ao toque) e o formato do painel. Mesmo assim, fica claro o foco no luxo pela variedade de materiais de alta qualidade, como a madeira e o couro, e na multimídia, com a enorme tela central e o quadro de instrumentos digital.
Também há telas individuais para os dois ocupantes traseiros – afinal, era o espaço onde os compradores do Phaeton, em sua maioria, ocupavam. Um console central com comandos para os bancos e ar-condicionado também está lá.
Só faltou um detalhe
Apesar de revelar o modelo, a Volkswagen não disse nada sobre as possíveis motorizações que o novo Phaeton teria. Em seus tempos de “glória”, o sedã teve configurações com motores V6 3.0 e V10 5.0 a diesel, V6 3.2 e V8 4.2 a gasolina, além do opulente W12 a gasolina. Tudo isso era combinado a tração integral, suspensão pneumática e painéis de alumínio.
Seria possível manter motores parecidos, com exceção do W12 e do V10, além de introduzir a eletrificação no modelo. É algo que, possivelmente, jamais saberemos.