Audi prepara lançamento de Q5 Sportback e A3 híbridos no Brasil
Além da substituição do 1.4 TFSI pelo 1.5 mais moderno, modelos da Audi estrearão conjuntos plug-in e eletrificação leve na linha A3
Ainda bem dividida entre carros elétricos e a combustão, a Audi prepara o lançamento de modelos híbridos no Brasil, a fim de fazer companhia à existência discreta do Q8. Dados oficiais obtidos por QUATRO RODAS mostram que, entre seus lançamentos para 2022, a alemã já tem, homologados e prontos para a venda, versões eletrificadas dos A3, A3 Sportback e Q5 Sportback.
Assine a Quatro Rodas a partir de R$ 9,90
O Audi Q5 Sportback será, inclusive, o híbrido plug-in da marca no Brasil. Ele combina o atual motor 2.0 TFSI de 252 cv a outro, elétrico. Nessa configuração, o SUV atinge números combinados de 303 cv e 45,9 kgfm, suficientes, segundo a marca, para ir de 0 a 100 km/h em 6,1 s e superar o atual Q5 vendido no Brasil.
Com a versatilidade do conjunto híbrido, o Q5 Sportback ficará muito mais econômico do que o atual: em ciclo combinado, o híbrido rende por volta de 50 km/l, conforme diferentes métodos de aferição pelo mundo. Ainda mais rápido (239 km/h de máxima) que o Q5 à venda, o SUV híbrido poderia custar menos que os R$447.990 cobrados pelo Q5 Sportback S line Black atual, por pagar menos impostos.
A3 ajudando a Volkswagen
Outra adição importante ao catálogo da Audi no Brasil é na dupla A3, que receberia o novo motor 1.5 TFSI — usado no equivalente esportivo do Nivus na Europa — combinado com sistema híbrido leve de 48V.
Essa nova opção mecânica substituiria os A3 com motor 1.4 TFSI (o mesmo que equipa modelos da Volkswagen como o Taos e o T-Cross), que tiveram apenas um lote importado. O A3 híbrido leve empata rigorosamente com o atual em termos de performance: 150 cv e 25,5 kgfm. Além dos números, porém, há mudanças importantes indicadas pelo aumento da cilindrada.
Além dos números, porém, há mudanças importantes indicadas pelo aumento da cilindrada. Isso acontece porque o 1.5 representa uma evolução significativa da família EA211, com mais economia, menos emissão de poluentes e melhor distribuição de torque e potência.
Funcionando em ciclo Miller, esse motor fecha as válvulas de admissão quando o pistão já está no movimento em direção ao cabeçote, resultando em menos combustível necessário para a mistura ideal com o ar. Como isso também resulta em menos potência, a solução foi aumentar o deslocamento e a taxa de compressão em relação ao 1.4.
Com turbo de geometria variável, capaz de ajustar o ângulo das pás do compressor, também há menos lag e melhor distribuição de potência e torque ao longo do intervalo de rotações do motor. Amplamente utilizada na Europa, a chegada do motor 1.5 TFSI ao Brasil com o Audi A3 híbrido poderia abrir o caminho para uma futura versão flex para equipar os SUVs da Volks por aqui. O empecilho é que o 1.4 TFSI é nacional.
Leve mas significativo
Outra vantagem econômica do 1.5 TFSI é a desativação de até dois dos quatro cilindros quando não há muita exigência do carro, mas isso é incrementado no A3 MHEV pelo sistema elétrico alimentado de 48 V.
Graças a uma correia conectada ao virabrequim, é possível recuperar a energia de frenagens e alimentar uma bateria, alojada sob o banco do passageiro. Ainda que a economia de combustível seja de meros 400 ml por 100 km, a correia pode dar uma força importante em arrancadas, com até 12 cv e 5 kgfm extras em baixas rotações.