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Ainda há pelo menos 1.000 unidades do Volkswagen Gol para serem fabricadas entre hoje e amanhã (23), quando a produção do hatch compacto será encerrada em definitivo, após 42 anos. Todo o planejamento foi feito alinhado com o período de férias na fábrica da VW em Taubaté (SP).
O recesso da fábrica da Volkswagen no Vale do Paraíba começa em 24 de dezembro e vai até 2 de janeiro. De 3 a 6 de janeiro a fábrica entre em shutdown para os dois turnos. O período será aproveitado para adequação da linha de montagem para passar a produzir apenas o Polo Track, modelo que substitui o Gol.
A produção será retomada a partir de 9 de janeiro, mas de forma gradativa. Neste dia um dos turnos entrará em férias coletivas, enquanto outro turno iniciará a produção em série do Polo Track.
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O fato é que todas as 1.000 unidades do Gol Last Edition, série especial que marca o fim do VW Gol, foram montadas entre outubro e novembro. Outras milhares de unidades foram montadas desde então.
Fazia alguns meses, porém, que carrocerias do Volkswagen Polo passavam na linha de montagem entre Gol e Voyage para validação dos processos e montagem de unidades pré-série. O processo de adaptação da fábrica de Taubaté para a plataforma modular MQB começou em 2021, quando a linha do VW Up! foi desativada.
A fábrica da Volkswagen em Taubaté é a última das américas a ser adaptada para a MQB. Isso foi feito com parte do investimento de R$ 7 bilhões anunciados para a América Latina até 2026.
Com aproximadamente 80 novos robôs e a instalação de maquinário de solta a laser tri-focal para fazer a solda do teto com as laterais, a capacidade da unidade foi ampliada em 33%. Cerca de 180 novos funcionários foram contratados e outros 100 serão contratados em 2023.
Como é o Polo Track, o Gol 2023?
O Polo Track está em pré-venda desde novembro por R$ 79.990 e será lançado, de fato em fevereiro. Foi criado justamente para ser o sucessor do Gol e custa praticamente o mesmo que um Gol básico.
A nova versão de entrada do Polo será a única fabricada em Taubaté, enquanto as mais caras serão montadas em São Bernardo do Campo (SP), ainda que com algumas peças de estamparia fabricadas em Taubaté;
Mas há grandes diferenças entre os dois Polo.
O Polo Track tem para-choque dianteiro exclusivo, com uma enorme entrada de ar inferior de plástico sem pintura (assim como sua grade). Seus faróis têm o mesmo formato do antigo Polo, a diferença é que é monoparábola e há uma placa cromada na parte superior e não tem luzes de led como as versões acima dele (o Polo 1.0 MPI custa R$ 82.990). Então não tem o mesmo ganho de iluminação capaz de compensar a ausência de faróis de neblina.
Na lateral, retrovisores e maçanetas não são pintados, mas as calotas exclusivas têm pintura na cor preta. As rodas de aço com calotas acinzentadas têm só quatro furos (como o Gol), enquanto outros Polo usam cinco furos.
A traseira tem as novas lanternas acinzentadas das outras versões do Polo, um para-choque com relevos base para evocar alguma atitude aventureira e o nome “Track” em um adesivo no meio da tampa. E só.
Por dentro, a forração dos bancos é exclusiva, com detalhes na cor cinza e costuras contrastantes no tecido. A faixa central no painel tem elementos em alto relevo e as portas tem uma parte em tom de cinza mais claro na área do braço.
Além disso, é o único Polo sem central multimídia de série. Um aparelho com tela de 9 polegadas compatível com o volante multifucional será vendido como acessório nas concessionárias, assim como o sensor de estacionamento traseiro. Ainda tem quatro alto falantes, quatro airbags, controles de tração e estabilidade, e hill holder.
O motor é o três-cilindros 1.0 de 84 cv e 10,3 kgfm, sempre com câmbio manual de cinco marchas. É o mesmo conjunto do Polo MPI, que também equipa os últimos Gol.
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