Novo Honda City 2022 terá novo motor 1.5 mais potente que 1.0 turbo
Sedã compacto apostará no motor 1.5 com injeção direta mais potente que o turbo e que também promete ser mais eficiente para substituir o Civic nacional
Os testes extensivos com protótipos do novo Honda City nas estradas brasileiras têm motivo: o lançamento se aproxima. A previsão é que a nova geração do sedã faça sua estreia nas lojas entre novembro e dezembro.
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Nada pode dar errado. Além de ter que enfrentar seus concorrentes tradicionais, Chevrolet Onix Plus, novo Nissan Versa e os renovados VW Virtus e Toyota Yaris Sedan, o novo City 2022 precisará fazer o possível e o impossível para herdar os clientes das versões mais baratas do Honda Civic, aquelas com motor 2.0 flex.
Parece um plano audacioso e é, de fato. Para isso, o sedã compacto herdará equipamentos e elementos visuais do Civic que nenhum sedã compacto oferece, e ainda terá motor mais moderno que o atual e mais potente que o dos rivais.
A Honda ainda não apostará nos motores três cilindros 1.0 turbo. O 1.0 iVTEC (com turbo, injeção direta e duplo comando de válvulas variável), que entrega 122 cv e está disponível no City tailandês ficará por lá mesmo. Os Honda City 2022 fabricados em Itirapina (SP) receberão um quatro cilindros 1.5 mais moderno até mais potente que o turbo.
O deslocamento pode até ser o mesmo do atual 1.5 i-VTEC de 116 cv e 15,3 kgfm, mas o novo motor é bem diferente. Saem a injeção multiponto, o cabeçote com comando simples e variação na admissão, e os tuchos mecânicos e chega um novo cabeçote com duplo comando de válvulas variável, tuchos hidráulicos e injeção direta flex usado no Fit europeu (Honda Jazz).
Este motor entrega 130 cv (6.000 rpm) e 15,8 kgfm (4.000 rpm) em sua versão a gasolina e esses números podem melhorar para cerca de 132 cv e 16 kgfm na versão adaptada para também queimar etanol. A depender do novo motor 1.0 GSE Turbo e de sua adoção no Fiat Cronos – que já perdeu o 1.8 flex de 139 cv na linha 2022 – será o mais potente do segmento.
A aposta em um motor aspirado em vez do turbo teria sido em nome da eficiência de combustível proporcionada pelas tecnologias VTEC (Variable Timing and Lift Electronic Control) e VTC (Variable Timing Control) combinados com a injeção direta. Outro interesse seria nas baixas emissões de poluentes, podendo abrir mão do uso do start-stop.
O alto turbilhonamento do ar admitido pelo motor, o pistão com design otimizado, a bomba de óleo pilotada e as tecnologias de redução de atrito nos cilindros e anéis dos pistões também ajudariam a alcançar números de consumo melhores.
A combinação com o conhecido câmbio CVT com simulação de sete marchas também é providencial para o resultado no consumo. Mas não impediria o sedã de acelerar aos 100 km/h em menos de 10 segundos.
Equipamentos do Honda Civic
Algumas coisas são difíceis de entender no Honda City atual. Foi um dos primeiros carros nacionais com faróis de led, mas terá controles de estabilidade e tração pela primeira vez apenas com o lançamento da nova geração.
As novidades do City 2022 vão além disso, porém. A exemplo do Civic e do HR-V, terá opção de acabamento bicolor para bancos e paineis de porta e apliques de material sintético macio ao toque em faixa no painel e nas laterais do console central.
Além disso, terá central multimídia com tela de 8 polegadas com Apple Carplay e Android Auto, até oito alto-falantes, chave presencial com partida remota do motor, duas portas USB, seis airbags e ar-condicionado automático digital de uma zona só, mas com comandos físicos em vez dos atuais comandos táteis.
Na versão mais cara, possivelmente chamada de Touring, o novo City terá a LaneWatch Camera, uma câmera instalada no retrovisor direito que aumenta o campo de visão da lateral ao exibir as imagens na central multimídia. Esta versão também terá faróis e lanternas full-led.
Em dimensões, o novo Honda City 2022 se assemelha aos um Civic mais antigos. No comprimento, cresce 11 cm chegando aos 4,55 metros, 3 cm a mais que um Civic 2014. A largura dos dois é a mesma, 1,75 m (um ganho de 5,3 cm). Contudo, o entre eixos fica nos 2,60 m dos Civic de 15 anos atrás.
Há sinais claros de evolução nos sedãs compactos. Mas certas coisas não mudam: o novo Honda City continuará com freios a tambor nas rodas traseiras e com suspensão traseira por eixo de torção.
Quem fizer questão da suspensão multilink e dos freios a disco terá que esperar a chegada da nova geração do Honda Civic, que chegará como importado e, em um primeiro momento, apenas com o motor 1.5 turbo com injeção direta de 173 cv. Outra solução é comprar os últimos Honda Civic nacionais enquanto é tempo.
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