Como é o novo Honda WR-V, que será híbrido flex e estreia em 2025
SUV compacto terá nova geração fabricada em Itirapina (SP), mas agora poderá usar etanol para gerar eletricidade
A Honda anunciou um investimento de R$ 4,5 bilhões no Brasil até 2030 e este montante contempla pelo menos um novo modelo: a nova geração do Honda WR-V, que será o primeiro com conjunto mecânico híbrido flex – com a tecnologia e:HEV, como a do Civic.
Apresentado como Honda Elevate em meados de 2023, o utilitário já utiliza o nome Honda WR-V no Japão. No Brasil, cumprirá o papel de SUV da linha City, inclusive compartilhando plataforma e outros componentes com hatch e sedã. O lançamento está confirmado para o segundo semestre de 2025.
Mas este Honda WR-V 2025 é um carro maior: maior até que o Honda HR-V. Tem 4,31 m de comprimento; 1,79 m de largura; 1,65 m de altura; e 2,65 m entre eixos, o mesmo que um Volkswagen T-Cross e 4 cm a mais que o HR-V. Ou seja, é 6 cm mais alto e tem 4 cm de distância entre eixos mais que um T-Cross.
Por fora, o visual que era rejeitado por boa parcela dos brasileiros dará lugar ao novo estilo da Honda: faróis afilados, capô mais quadrado e lanternas em forma de L, possivelmente ligadas por régua horizontal. Por dentro, espere quase uma repetição do que a linha City oferece hoje.
O que se pode destacar dentro da cabine do novo WR-V é o espaço proporcionado pelo grande entre-eixos. Mas ainda oferece um quadro de instrumentos digital com tela de 7 polegadas com a central multimídia com de 10, 25 polegadas e o ar-condicionado automático.
Ainda tem carregamento de celular por indução, teto solar e sistemas de segurança como o assistente de visão lateral e traseira, assistente de frenagem e de partida em rampa e também o pacote Honda Sensing, com frenagem de emergência e piloto automático adaptativo.
WR-V com mecânica híbrida flex
O conjunto mecânico do City, com motor 1.5 aspirado de 126 cv e 15,8 kgfm e câmbio CVT, estará nas versões mais baratas. A mecânica híbrida e:HEV flex, por sua vez, estará disponível nas versões mais caras e será baseada em um conjunto que já existe na Ásia.
Essa configuração menor do sistema e:HEV da Honda combina o um motor 1.5 a gasolina aspirado trabalhando com o ciclo Atkinson – que privilegia eficiência – de 98 cv e 12,9 kgfm. Mas sua função principal é gerar energia para alimentar dois motores elétricos, integrados aos motor e o câmbio, que geram 108 cv e 25,8 kgfm.
A energia gerada pelos dois motores elétricos com o freio regenerativo é armazenada em uma bateria montada na parte traseira e usada posteriormente para a propulsão.
Para efeito de comparação, com um tanque de combustível de 40 litros, o City híbrido tem uma autonomia efetiva de mais de 1.000 quilômetros com o tanque cheio. Ou seja, um rendimento de até 27,8 km/l com gasolina.