A Volkswagen começou a negociar com o Sindicato dos Metalúrgicos do ABC, em São Paulo, uma ampliação do seu atual ciclo de investimentos no Brasil. No final de 2021 a fabricante anunciuou um investimento de R$ 7 bilhões até 2026. O novo ciclo seria de 1 bilhão de euros (R$ 5,3 bilhões na cotação atual) e estenderia o ciclo até 2028.
De acordo com o site Autoindústria, o diretor administrativo do sindicato, Wellington Messias Damasceno, disse durante a assembleia que as tratativas incluem o lançamento de novos carros, inclusive carros híbridos e elétricos.
O CEO global da marca, Thomas Schäfer, que esteve no Brasil em julho para tratar destes novos investimentos, disse ao Motor 1 nesta semana que a Volkswagen pode fabricar carros elétricos no Brasil a partir de 2026. Isso representaria a nacionalização da plataforma MEB, uma arquitetura modular dedicada a carros elétricos.
Schäfer também confirmou para os próximos anos o lançamento dos primeiros Volkswagen com mecânica híbrida flex, começando pela mecânica híbrida leve 48V (MHEV)l, que já está em teste no Brasil.
Desde 2022 a Volkswagen testa no Brasil o Volkswagen Golf de oitava geração equipado com o motor 1.5 eTSI, híbrido leve e que vem passando pelo processo de transformação em flex para substituir o atual 1.4 TSI.
Na Europa, a troca pelo motor 1.4 pelo 1.5 TSI mais moderno não implicou em ganho de força, pois manteve os 150 cv e 25,5 kgfm, mas tem turbo de geometria variável e sistema de desativação de cilindros.
De acordo com a Mobiauto, a Volkswagen ainda poderia avançar para o 1.5 TSI Evo2, apresentado em 2022, e que ainda tem catalisador de três vias e filtro de partículas instalado mais próximo motor. Ele chegaria aos atuais modelos com o motor 1.4 TSI.
Esse mesmo motor será oferecido com sistema híbrido leve de 48V, com um motor-gerador para dar suporte ao motor a combustão e melhorar a recuperação da energia cinética das frenagens. Por ser o passo mais barato rumo à eletrificação, esse sistema também poderá ser oferecido com o motor 1.0 TSI – tornando-se um eTSI.
Essa movimentação é motivada pelo Proconve L8, que deixará ainda mais exigente a norma de emissões de motores a combustão a partir de 2025. Carros maiores e mais caros, como T-Cross e Taos, ainda poderão ter versões híbridas plenas (HEV) e híbridas plug-in (PHEV).
Com esse investimento, a Volkswagen se juntará a fabricantes como Stellantis, GWM, BYD e Renault, que também trabalham para lançar carros híbridos flex no Brasil nos próximos anos.