A Toyota do Brasil quer expandir a oferta de modelos híbridos flex para a linha de compactos da empresa, indo além dos médios Corolla e Corolla Sedan. Em entrevista para a Folha de S.Paulo, o CEO da Toyota para a América Latina e Caribe, Masahiro Inoue confirmou que a montadora terá um híbrido flex menor e mais barato.
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“A Toyota, mundialmente, vai oferecer produtos eletrificados, seja híbrido, híbrido plug-in ou com célula de combustível. No Brasil teremos um carro pequeno com tecnologia híbrido flex”, disse Inoue.
O modelo em questão já está em fase de tropicalização. Trata-se do Toyota Yaris Cross, um SUV compacto que será fabricado em Sorocaba (SP), a princípio, a partir de 2024. A demora se explica pelo uso da nova plataforma TNGA-B, versão compacta da TNGA-C dos Corolla, e que já está presente no Yaris e Yaris Cross europeus, e também no novo Toyota Aqua japonês.
O Toyota Yaris Cross seria responsável pela estreia da matriz GA-B no Brasil, que posteriormente daria vida à próxima geração do Yaris nacional, que deve ser lançada no ano seguinte, 2025, sendo o último dos Toyota vendidos em nosso mercado a ganhar versão híbrida. Falta tanto tempo que o atual Yaris ganhará reestilização no Brasil antes do fim de 2021.
O próprio Yaris Cross já chegaria reestilizado frente ao Europeu para encarar Chevrolet Tracker, Honda HR-V, Hyundai Creta, Jeep Renegade, Nissan Kicks, VW T-Cross e novos entrantes que surgirem até lá. O nome também seria mantido, para manter a coesão com o Corolla Cross.
O que ainda não está claro é se ele manterá os 4,18 m de comprimento e 2,56 m de entre-eixos do Yaris Cross europeu ou se terá dimensões mais generosas. O problema é que, com 2,64 m de entre eixos, o Corolla Cross é, hoje, um SUV médio com entre eixos menor que um T-Cross, que é compacto.
Aposta ainda é no etanol
A Toyota tem uma visão diferente de outras fabricantes: aposta forte nos híbridos enquanto ensaia sua entrada no mercado de elétricos em um momento que outras fabricantes já direcionam todos os seus esforços nos elétricos. Para o CEO da Toyota, os híbridos flex é mais adequado para a realidade brasileira.
“Há a preocupação com a recarga, questão que pode estar resolvida na Califórnia ou na cidade de Xangai. Em países como o Brasil, entretanto, ainda não é possível ter uma estrutura ampla de carregamento das baterias. Por isso a aposta no híbrido flex para o mercado brasileiro”, explica Inoue. “O Brasil adotou o etanol há 40 anos, é praticamente carbono neutro, as emissões aparecem apenas na hora de produzir o combustível. Temos que aproveitar a tecnologia que já existe no país, não adianta investir muito dinheiro para produzir baterias.”
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