BMW X4
Com o porte reduzido do X3 e o visual musculoso do X6, o recém-chegado X4 é um SUV mais esportivo do que utilitário
Foi com o X6 que a BMW inaugurou o segmento de SUVs cupês, em 2009. Seis anos depois, chegou a vez de o segundo membro dessa linhagem estrear no mercado brasileiro. O recém-lançado X4 segue os passos de seu irmão maior, aliando o porte imponente dos utilitários esportivos com o design esportivo de um cupê – só que em embalagem mais compacta.
Apesar de parecer maior e mais baixo, o X4 tem praticamente as mesmas dimensões do X3. As semelhanças, no entanto, param por aí. Embora os dois possuam o mesmo motor 2.0 turbo em suas versões de entrada, o X4 tem mais potência: são 245 cv, contra “apenas” 184 cv do X3. Trata-se, inclusive, do mesmo motor do sedã 328i ActiveFlex – que por enquanto não deve equipar o novo utilitário esportivo da BMW.
Nossas medições confirmaram o bom desempenho do modelo, que levou apenas 6,8 segundos na prova de aceleração de 0 a 100 km/h – tão rápido quanto os 6,9 segundos do Mini Cooper S com cinco portas, um veículo mais ágil e com proposta bem mais esportiva que o X4. Mas obviamente a marca cobra por isso: enquanto o X3 parte de R$ 206 950, a tabela de preços do X4 começa em R$ 272 950 (a unidade avaliada custa R$ 274 950) e pode chegar aos R$ 316 950 da versão xDrive35i, equipada com o motor 3.0 TwinPower Turbo, com 306 cv de potência.
Ao volante, o X4 é um legítimo BMW. O SUV faz curvas como poucos de sua categoria, especialmente no modo de condução Sport+, que modifica os ajustes de direção e suspensão e torna o controle de estabilidade um pouco mais permissivo – para os rigorosos padrões alemães, é claro. Além do Sport+, o X4 pode ser configurado nos modos Sport, Comfort e Eco Pro. Outro destaque é o câmbio automático de oito velo cidades, de funcionamento suave e eficiente, que permite trocas de marcha por toques na alavanca ou nas borboletas atrás do volante.
Se por fora as linhas chamativas fazem do novo utilitário de luxo um ímã de olhares, dentro dele o clima é de discrição. A cabine tem acabamento esmerado e o visual sóbrio característico de todo BMW, mas dificilmente algum dos passageiros vai se queixar da vida a bordo.
Quem viaja nos bancos da frente conta com regulagens elétricas e memória dos assentos. As luzes
de cortesia espalhadas por todos os lados deixam o ambiente mais aconchegante. Nem a curvatura exagerada do teto inspirado nos cupês incomoda os passageiros acomodados no banco de trás, embora um quinto adulto viaje apertado.
Da generosa lista de itens de série do SUV, vale destacar o avançado sistema de entretenimento BMW
ConnectedDrive, que inclui som Harman Kardon, GPS e acesso a redes sociais e rádios online por meio do pareamento com um smartphone. Mas a marca peca ao deixar de fora alguns equipamentos de segurança, como piloto automático adaptativo e aviso de pontos cegos, presentes em vários modelos de categorias (e valores) inferiores.
VEREDICTO
O X4 é a escolha perfeita para quem aprecia o estilo ousado do X6, mas o achava grande (e caro) demais para o dia a dia urbano.