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Elétrico mais barato do Brasil, JAC E-JS1 é um bom carro – quando carrega

Fruto da parceria entre JAC e VW, compacto é limitado por incompatibilidade com carregadores

Por Henrique Rodriguez Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO
Atualizado em 17 jul 2022, 20h37 - Publicado em 31 ago 2021, 13h13
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  • JAC E-JS1
    Protótipo: logotipos não são definitivos e a diferença de cores entre plásticos e lataria deve desaparecer nos carros que chegarão às lojas (Fernando Pires/Quatro Rodas)

    Não dá para tratar com normalidade um carro pequeno como um Volkswagen Up! ou Renault Kwid que custa R$ 159.990. Essa é a situação do JAC e-JS1, um modelo realmente diferente: é um dos carros elétricos mais baratos à venda no Brasil ao lado de Renault Kwid E-Tech e Caoa Chery iCar. Mas, ainda assim, distante da realidade da maioria dos brasileiros.

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    Se você ainda não reparou, a carroceria do e-JS1 é praticamente a mesma do JAC J2, aquele lépido compacto vendido por aqui entre 2012 e 2016 com motor 1.4, e do iEV20, outro elétrico mas com pegada aventureira lançado em 2019. Os três são variações da mesma arquitetura.

    O e-JS1 é vendido na China como SOL/Si Hao E10X, o carro de entrada da marca criada por meio de uma parceria entre a JAC e a Volkswagen (que acabou comprando a JAC posteriormente) e dedicada exclusivamente à venda de elétricos. A transformação do projeto original, no caso do e-JS1, foi feita a quatro mãos, mas parece que os alemães se empenharam mais nas mudanças.

    JAC E-JS1
    Lanternas traseiras não são de led, mas lembram o Smart Fortwo europeu (Fernando Pires/Quatro Rodas)
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    Os arcos pretos nos para-choques remetem à última reestilização do Up!, assim como os faróis mais horizontais, interligados por uma faixa preta. As novas lanternas têm elementos internos quadrados (lembram o Smart Fortwo mais recente). A lateral deixa ver a porta de acesso às tomadas de recarga (que antes ficavam na dianteira), teto e colunas pintados de preto e as rodas aro 14 têm desenho incomum.

    Anda bem e gasta pouco

    Na cabine, só não aumentaram o espaço interno como melhoraram a posição de dirigir. O painel agora tem diferentes cores e texturas. Seu visual é atraente e combina com as duas telas: a de 6,2 polegadas é o quadro de instrumentos e a de 10,25” com alta resolução abriga a central multimídia e também dá informações detalhadas do carro.

    JAC E-JS1
    Novo painel é muito mais atraente e funcional, e destaca as telas coloridas (Fernando Pires/Quatro Rodas)

    O comando giratório dos faróis parece ter saído de algum VW, enquanto a haste seletora de marcha lembra a dos Mercedes. Abandonar o seletor de marcha giratório, porém, permitiu o uso de um console central suspenso.

    Na parte de cima, há comandos do freio de estacionamento eletrônico, porta-objetos, porta-copos e o carregador wireless para smartphones (que não teremos na versão definitiva – que, por sua vez, terá bancos de couro). Na parte de baixo, temos as portas USB, tomada 12 V e um grande porta-objetos. Os plásticos são duros mas firmes e de boa qualidade.

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    JAC E-JS1
    Volante tem ajuste de altura e os bancos, de distância e inclinação do encosto (Fernando Pires/Quatro Rodas)

    A transformação promovida pela SOL também chegou à motorização. O motor de 68 cv e 21,4 kgfm do iEV20 deu lugar a um mais modesto, com 61 cv e 15,3 kgfm. Mais fraco, gasta menos energia, o que permitiu reduzir o pacote de baterias de fosfato de ferro-lítio de 41 kWh para 30,2 kWh, enquanto a redução da autonomia foi de meros 18 km, de 320 para 302 km em ciclo NEDC, dos mais otimistas.

    Com essa quilometragem, se o motorista roda 50 km por dia, só precisaria recarregar o carro aos finais de semana. E, mesmo com bandeira vermelha, a recarga completa em tomada doméstica não custaria mais de R$ 25. É mais barato que rodar com GNV.

    JAC E-JS1
    Telinha atrás do volante sofre com reflexos. Haste das marchas lembra os Mercedes (Fernando Pires/Quatro Rodas)
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    Na rodovia, a caminho da pista de testes (uma viagem de cerca de 200 km), nós conseguimos um rendimento de 10 km/kWh, mas com ar-condicionado desligado, freios regenerativos atuando no máximo e sem passar dos 90 km/h para conseguir chegar sem contratempos.

    Nossa viagem foi uma missão difícil por usar padrão de tomadas chinês e incompatível com as estações de recarga das rodovias brasileiras. O jeito foi usar uma tomada 220 V convencional, que levou a bateria de 8 a 100% em 16h40.

    JAC E-J81
    (Fernando Pires/Quatro Rodas)

    A velocidade máxima é limitada a 110 km/h, quando o motor elétrico trabalha em seu limite de 9.500 rpm. Isso explica o tempo de 0 a 100 km/h em 14,5 s, cumprindo os 1.000 m a 106,8 km/h. Essa limitação é notável em rodovias, por isso é melhor não ficar na faixa da esquerda por muito tempo.

    Dificuldade no carregamento

    Tanto o JAC e-JS1 quanto o e-JS4 estão chegando ao Brasil com conexão para o padrão GBT, chinês, quando a maioria dos carregadores públicos são compatíveis com padrões Tipo 1 (lento), Tipo 2 (rápido) e ChaDeMo (japonês). A JAC até oferece um adaptador de GBT para Tipo 1, mas, os cinco carregadores que visitamos se mostraram incompatíveis com o adaptador. Só seria possível recarregar o carro em lojas da JAC ou em tomadas convencionais de 110V ou 220V, como a que usamos. E mesmo os carros que serão vendidos não estarão compatíveis com os padrões mais comuns.
    Depois, descobrimos que a unidade testada estava programada para carregar apenas em horários específicos. E essa configuração é feita apenas pela central multimídia, que estava em mandarim.

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    Em trânsito urbano, porém, o torque garante ao e-JS1 uma agilidade de hatch compacto equipado com motor a combustão 1.5 ou 1.6. A suspensão, por sua vez, agora tem acerto excelente: é silenciosa, filtra bem os buracos e não dá batidas secas. É o rodar de um típico carro alemão.

    JAC E-JS1
    Tomadas ainda têm padrão chinês. Motor e inversor ocupam pouco espaço no cofre (Fernando Pires/Quatro Rodas)

    As primeiras entregas do e-JS1 estão previstas para outubro. A JAC sabe que grande parte dos compradores será de empresas interessadas na redução de emissões. Mesmo assim, mostra como os elétricos podem se tornar o carro do dia a dia sem grandes problemas. É só ter dinheiro para isso.

    Teste de desempenho – JAC E-JS1

    Ficha Técnica – JAC e-JS1

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