Honda City 2022 é hatch e sedã, está mais potente e parte dos R$ 108.300
Quinta geração do sedã chega às lojas em janeiro para desbancar o rival VW Virtus com novo motor aspirado 1.5 mais potente e econômico
Em mais um ano atípico devido a pandemia, os lançamentos foram escassos e as estreias de novas gerações, que representam mudanças por completo, foram ainda mais raras. Porém antes da virada do ano a Honda apresenta a quinta geração do Honda City.
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E a grande novidade é que além do sedã o modelo também virá na versão hatch e essa carroceria é inédita na marca e tem a dura missão de substituir o longevo monovolume, o Fit.
Já em sua carroceria, digamos, mais tradicional, o desafio é desbancar o Volkswagen Virtus e de quebra substituir as versões mais baratas do Honda Civic nacional, que terá sua produção interrompida.
Inclusive, o Honda City está entre nós há 12 anos e já dá pra dizer que o tempo fez bem a ele. Em sua nova geração ele cresceu em tamanho, tornou-se mais moderno, seguro e o melhor: mais econômico.
O ‘New City’, como é chamado oficialmente pela Honda, tem o início da sua pré-venda marcado para o próximo dia 23 de novembro com as primeiras unidades sendo entregues em janeiro. Já o hatchback só entrará em pré-venda em janeiro, para ter seus exemplares entregues em março.
Na manhã desta quinta-feira (18) a Honda apresentou oficialmente os dois modelos e finalmente revelou os preços oficiais e suas respectivas versões. O sedan será vendido em três versões de acabamento e o que muda entre elas é apenas o conteúdo, já o hatch terá apenas duas opções.
Confira todos os preços do Honda City 2022:
- Honda New City EX – R$ 108.300
- Honda New City EXL – R$ 114.700
- Honda New City Touring – R$ 123.100
*O antigo City EXL, mais caro até então, custava R$ 102.700.
Preços do Honda City Hatchback 2022 serão divulgados apenas em janeiro.
O motor do novo Honda City
Independente da carroceria e da versão, o Honda City 2022 é equipado com o novo motor 1.5 i-VTEC flex com injeção direta, duplo comando de válvulas variável e, finalmente, tuchos hidráulicos. Aquele serviço caro de regulagem dos tuchos (que obriga a trocar a junta da tampa do cabeçote) acabou.
Não, ainda não foi desta vez que a Honda apostou nos motores três cilindros ou 1.0 turbo. O 1.0 iVTEC com turbo que entrega 122 cv está disponível no City tailandês e ficará por lá mesmo. Nosso motor é até mais potente.
Compartilhando com o antigo motor apenas o deslocamento, o novo 1.5 tem um incremento de 10 cv. Agora são 126 cv contra 116 cv do motor antigo e o torque é 15,5 kgfm (meros 0,2 kgfm de ganho). Em potência ele perde por pouco do rival VW Virtus, que rende até 128 cv. O seu nome completo é 1.5 litro 16V DI DOHC i-VTEC.
Ainda não pudemos levar nenhuma das versões (sedan e hatch) pra nossa pista de testes pra comprovar se o novo propulsor é tão eficiente mesmo. Pelo menos segundo a marca ele é realmente econômico com médias de 13,1 km/l na cidade e 15,2 km/l na estrada, isso abastecido com gasolina.
A combinação com o conhecido câmbio CVT com simulação de sete marchas também é providencial para o resultado no consumo.
Os equipamentos de cada versão do Honda City 2022:
Honda City EX – R$ 108.300
seis airbags, alarme, ar-condicionado digital, controles de estabilidade e tração, central multimídia com tela de 8”, conexão com apple car play e android auto sem fio, partida por botão, chave presencial, monitoramento da pressão dos pneus, rodas de liga leve de 16”, câmera de ré, paddle shifters, lanternas em led, faróis de neblina, assistente de partida em rampa, sensor crepuscular, DRL em led, comando no volante, piloto automático.
Honda City EXL – R$ 114.700
Acrescenta: bancos em couro parcialmente sintético, quadro de instrumentos digital de 7”, sensor de estacionamento traseiro, lane watch (imagem exibida na tela central da câmera instalada no retrovisor esquerdo) e ar-condicionado digital e automático.
Honda City Touring – R$ 123.100
Acrescenta: faróis full led, sensor de estacionamento dianteiro e Honda Sensing (piloto automático adaptativo, frenagem autônoma de emergência, assistente de permanência em faixa com correção da trajetória e farol alto automático e adaptativo).
Honda City Hatchback
Honda City Hatchback EXL
seis airbags, alarme, ar-condicionado digital, controles de estabilidade e tração, central multimídia com tela de 8”, conexão com apple car play e android auto sem fio, partida por botão, chave presencial, monitoramento da pressão dos pneus, rodas de liga leve de 16”, câmera de ré, paddle shifters, lanternas em led, faróis de neblina, assistente de partida em rampa, sensor crepuscular, DRL em led, comando no volante, piloto automático, bancos em couro parcialmen sintético, quadro de instrumentos digital de 7”, sensor de estacionamento traseiro e ar-condicionado digital e automático.
Honda City Hatchback Touring
Acrescenta: faróis full led, sensor de estacionamento dianteiro, lane watch (imagem exibida na tela central da câmera instalada no retrovisor esquerdo) e Honda Sensing (piloto automático adaptativo, frenagem autônoma de emergência, assistente de permanência em faixa com correção da trajetória e farol alto automático e adaptativo).
O que é a nova geração do Honda City?
A quinta geração do sedan, já bem conhecido no nosso mercado, já tem compromissos bem desafiadores mesmo antes de chegar. É grande a responsabilidade de assumir o espaço deixado pelo irmão maior, Honda Civic, que deixa de ser nacional agora e torna-se importado a partir do segundo semestre de 2022.
Portanto, haverá um hiato de pelo menos seis meses em que o City será o único sedan da Honda. Caberá a ele, também, tentar de alguma forma lidar com o arquirrival histórico, Toyota Corolla.
Inédito no Brasil, o Honda City hatch também tem seus próprios desafios. Além de substituir o amado monovolume Fit, chega em uma categoria que está há anos em crise e tem pouquíssimos representantes, como o Toyota Yaris Hatch e o VW Polo.
A Honda não arriscou um design radical ou totalmente novo. O seu estilo segue uma nova fase da identidade visual da marca, mais conservadora, mas nem por isso não é elegante.
As linhas são predominantemente horizontais e, em relação a geração anterior, ele está mais baixo e largo. O vinco lateral ascendente que começava na coluna A do modelo anterior foi substituído por um friso plano. A área envidraçada está um pouco menor e o conjunto evidencia um modelo até de um porte maior do que realmente é.
As rodas de liga leve de 16 polegadas, com acabamento diamantado e pintadas em preto, ganham destaque com essas novas linhas. E elas são de série nas três versões de acabamento do modelo.
Na dianteira o destaque é a nova grade que assumiu uma faixa cromada, que por sua vez, uni os faróis, formando uma peça única – o que traz sofisticação. O DRL é sempre em led, já os faróis com projetor são full led na versão topo de linha, Touring e halógenos nas de entrada: EXL e EX. No modelo anterior, a versão EXL tinha faróis de led.
Na traseira, as lanternas têm só as luzes de posição em led retangulares, que contribuem para um aspecto mais esportivo, assim como a invasão da peça inteiriça na lateral.
Como anda o novo City?
Só tivemos a oportunidade de dirigir a versão sedã do City na pista fechada da fábrica da Honda em Sumaré, no interior de São Paulo.
Ao volante, o novo City é um carro confortável. O grande trunfo é a linearidade oferecida por esse novo conjunto mecânico, o máximo de torque é entregue somente aos 4.600 rpm e portanto a aceleração é vigorosa e sem trancos. É perceptível a simulação de trocas de marcha do câmbio CVT, mas o comportamento é suave.
Outra vantagem é a sua versatilidade, pois o motor não parece apagado em baixas rotações e nem sufocado nas altas. A desvantagem dele é que o ruído que invade a cabine parece ainda mais alto do que na geração anterior.
Segundo a Honda, até houve uma preocupação com o isolamento acústico, tanto que esta é a primeira geração do City a receber aplicação de espuma expansiva de poliuretano nas extremidades inferiores das colunas A e B. E há ainda a aplicação de material fonoabsorvente com espessura variável na parte inferior do compartimento do motor. Parece que não foi suficiente.
As suspensões (McPherson, na dianteira, e eixo de torção, na traseira) do novo Honda City são macias, mas sem deixar o carro vulnerável às forças laterais. E a direção, por sua vez (com assistência elétrica), é leve, mas precisa e nada anestesiada.
A Honda também optou por novos amortecedores com stop hidráulico (como há no WR-V), um sistema composto por uma câmara de desaceleração da haste do amortecedor, que evita o som de pancada seca, quando o carro passa por um buraco, por exemplo. Não tivemos como comprovar a eficiência desse sistema, pois não testamos o City em condição urbana.
Os freios (disco na frente e tambor atrás) se mostraram eficientes e equilibrados, mas, seriam bem vindos os discos sólidos na traseira.
O novo Honda City é espaçoso e conectado?
O City cresceu quase 10 cm no comprimento, totalizando 4,55 m, e também ficou mais de 5 cm mais largo com 1,75 m no total – na comparação com o modelo anterior. O entre-eixos, porém, é o mesmo: 2,60 m. A altura reduziu 0,8 cm apenas – porém já é o suficiente para incomodar passageiros mais altos que viajam no banco traseiro.
O espaço pra pernas atrás é privilegiado e foi beneficiado pela nova estrutura dos bancos dianteiros que tornaram-se mais finos. Além disso, motorista e passageiro têm um melhor apoio lombar e uma melhor estabilidade corporal, além de mais espaço no assento que ficou 2,5 cm mais largo.
O porta-malas é um dos pontos fortes do sedã, com capacidade de 519 litros, um dos maiores do segmento. O do VW Virtus praticamente empata com seus 521 litros e o Versa perde nesse quesito com 482 litros de capacidade.
A novidade é a abertura é em V do porta-malas – o que facilita a entrada de objetos maiores, pois há 3 cm a mais na parte superior pra entrada e saída dessas cargas.
Por dentro, assim como por fora, o visual se manteve discreto. O painel é totalmente novo. O conjunto ficou mais horizontal e com menos recortes, saídas de ar maiores e na posição vertical.
Ainda assim, porém, seu design lembra muito o da geração anterior, embora com botões atualizados. A Honda ouviu os pedidos dos clientes e devolveu os botões de controle do ar-condicionado, no lugar do painel digital touch screen do antecessor que, diga-se, não era muito prático.
O acabamento é simples, como de costume. Detalhes que imitam metal, no volante e nas saídas de ar, causam boa impressão, assim como uma faixa em preto brilhante no lado do passageiro e na base do câmbio.
E há algum acolchoamento nas laterais do console central e em uma peça acima do porta-luvas. Mas, de resto, é tudo de plástico rígido.
O quadro de instrumentos é parcialmente digital, com tela 7 polegadas personalizável. E a central multimídia tem 8 polegadas: não é a maior do segmento, porém a conexão com Apple Car Play e Android Auto é sem fio.
Bom, nesse caso, seria importante que tivesse um carregador sem fio no console central para uma experiência sem fio completa, mas sua ausência faz com que você continue refém dos cabos.
O novo City é tecnológico?
A versão topo de linha, Touring, é equipada com o Honda Sensing, os conhecidos sistemas de auxílio à condução. São eles: Frenagem autônoma de emergência, piloto automático adaptativo, alerta de permanência em faixa com correção da trajetória e ajuste automático dos faróis. Porém, esses equipamentos não são inéditos no segmento.
E há também o Lane Watch, que está presente na intermediária EXL. Ele transmite na tela da central a imagem da câmera instalada no retrovisor esquerdo quando a seta é acionada. O recurso é útil, porém em situações em que você está acompanhando o trajeto na tela da central, essa facilidade pode atrapalhar. O Hyundai Creta trabalhou melhor essa tecnologia exibindo a imagem no quadro de instrumentos.
O novo City evoluiu em todos os sentidos, nos resta saber se na era dos SUVs, um sedan compacto acompanhado de um hatch médio encontrão espaço para o sucesso nesse mercado tão dominado.
Ficha técnica do Honda City Touring:
Motor:1.5 DOCH VTEC, flex, dianteiro, transversal, 4 cilindros em linha; injeção direta, 126 cv a 6.200 rpm, 15.8/15,5 kgfm a 4.600 rpm
Câmbio: CVT, sete marchas simuladas, tração dianteira
Suspensão: McPherson (dianteira), eixo de torção (traseira)
Direção: elétrica
Rodas e pneus: liga leve, 185/55 R16
Dimensões: comprimento, 454,9 cm; largura, 174,8 cm; altura, 147,7 cm; entre-eixos, 260 cm; peso, 1.160 kg; tanque, 44 l; porta-malas, 519 l
Ficha técnica do Honda City Hatchback Touring:
Motor:1.5 DOCH VTEC, flex, dianteiro, transversal, 4 cilindros em linha; injeção direta, 126 cv a 6.200 rpm, 15.8/15,5 kgfm a 4.600 rpm
Câmbio: CVT, sete marchas simuladas, tração dianteira
Suspensão: McPherson (dianteira), eixo de torção (traseira)
Direção: elétrica
Rodas e pneus: liga leve, 185/55 R16
Dimensões: comprimento, 434,1 cm; largura, 174,8 cm; altura, 149,8 cm; entre-eixos, 260 cm; peso, 1.180 kg; tanque, 39,5 l; porta-malas, 268 l