Por Péricles Malheiros
60 520 km
Fim da prova. Nosso Uno estava em pleno teste, em Limeira, quando seu hodômetro digital indicou 60 000 km. De volta a São Paulo, o hatch passou pela avaliação final da equipe de QUATRO RODAS e do responsável pelos desmontes dos carros de Longa Duração, Fabio Fukuda, da oficina Fukuda Motorcenter.
A comparação dos testes inicial e final indica uma piora considerável nos números de frenagem. De 60 a 0 km/h, por exemplo, a distância necessária subiu de 16,1 para 19,4 metros. “No desmonte, vou olhar o sistema de freio com atenção especial, mas creio que a piora esteja mais relacionada aos pneus, que já passaram de meia-vida”, diz Fukuda. Os testes de aceleração, retomada e consumo de combustível apresentam mais melhoras que pioras. Na cidade, o consumo subiu discretamente (de 8,2 para 8,1 km/l de etanol), mas na estrada melhorou substancialmente (de 11,6 para 12,9 km/l).
Em sua viagem de despedida com o Uno, o editor-assistente Ulisses Cavalcante criticou o banco do motorista: “A espuma do assento viciou, está compactada. Em pouco tempo ao volante dá para sentir a estrutura metálica na região do quadril”. Os rangidos foram destacados pelo editor Paulo Campo Grande: “Em lombadas e valetas, o barulho da carroceria invade a cabine”. Há outros indícios de aplicação insuficiente de material de isolamento acústico: a aferição do nível de ruído interno, dividida em quatro medições, mostrou piora em três.
Ao volante do Uno, a caminho da oficina, Fukuda se surpreendeu com a embreagem: “O Uno andou muito tempo com o motor falhando em baixa rotação, o que obrigava os motoristas a queimar a fricção nas saídas. Pensei que isso pudesse comprometer o sistema, mas me pareceu ainda íntegro. Só com o desmonte, porém, poderei dar um diagnóstico definitivo”, afirma ele.
Consumo:
No mês (11,2% na cidade) – Álcool: 10,4 km/l
Desde out/10 (24,8% na cidade) – Álcool: 9,2 km/l