Impressões: a independência da nova Toyota SW4
Com a mesma base da picape Hilux, a nova SW4 agora tem visual próprio para se destacar num segmento tã sofisticado
![Toyota SW4 / Fortuner Toyota SW4 / Fortuner](https://gutenberg.quatrorodas.abril.com.br/wp-content/uploads/2016/11/56c5e5e382bee10ed502b4b5qr-677-carro-sw4-01-tif.jpeg?quality=70&strip=all&strip=all&w=1024&crop=1)
Até hoje, a Toyota SW4 teve a mesma cara da Hilux: ela foi, basicamente, um utilitário esportivo montado sobre a picape, assim como acontece com Trailblazer e Chevrolet S10. Mas essa estratégia mudou na nova geração do SUV japonês, que acaba de ser apresentada no Brasil.
A Toyota decidiu que a SW4, que virá da Argentina, deveria ter visual e design para ganhar personalidade mais moderna e sofisticada. Assim poderá brigar melhor num segmento que tem Hyundai Grand Santa Fe, Land Rover Discovery Sport e Jeep Grand Cherokee, todos com capacidade para sete pessoas. Por isso, as novas linhas foram inspiradas na luxuosa Lexus, a casta nobre da marca nipônica.
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Dirigimos uma unidade da nova SW4 na Austrália, onde ela já é vendido como Fortuner. As mudanças são bem visíveis, não apenas em relação à antiga geração do SW4, mas também da atual Hilux, que chegou às concessionárias brasileiras no fim de novembro e com quem a SW4 divide plataforma e conjunto mecânico.
![Toyota SW4 / Fortuner Toyota SW4 / Fortuner](https://gutenberg.quatrorodas.abril.com.br/wp-content/uploads/2016/11/56c5e5e382bee10ed502b4b9qr-677-carro-sw4-03-tif.jpeg?quality=70&strip=all&strip=all&w=1024&crop=1)
Por fora, se não fosse pelo emblema, seria praticamente impossível saber que é uma Toyota SW4. As linhas sem sal da antiga versão deram lugar a formas elegantes e harmoniosas, quase esportivas. Na traseira, a lanterna cristal que parecia ter vindo de um carro tunado, foi substituída por um conjunto de dois filetes de leds que invadem a tampa do porta-malas. A régua cromada com o nome do modelo deu um toque de sofisticação – e aquele ar de Lexus. Na dianteira, os faróis foram afinados e receberam uma fileira de leds, que quase toca a grade cromada.
A mecânica é a da picape, com um 2.8 turbodiesel que rende 177 cv e 45,8 mkgf, e um câmbio automático de seis marchas. A vantagem desse motor menor (o outro era 3.0) é entregar quase a mesma potência, com um consumo inferior. Também está bem mais silencioso e suave. No modo Sport do câmbio automático, é notável a resposta mais bruta. Ao contrário da picape, a Toyota investiu em borboletas atrás do volante para trocas manuais de marchas.
No Brasil, a SW4 chega em duas versões iniciais, com preços que acompanham (até demais) a evolução. A mais acessível é a SRX a gasolina de cinco lugares, com um motor V6 4.0 de 238 cv e 38,3 mkgf de torque, por R$ 205.000. Já o modelo a diesel, com motorização idêntica à que experimentamos na Austrália, sai por R$ 220.000 na configuração com cinco lugares e R$ 225.000 com bancos para sete pessoas. Para o segundo semestre, vem a versão flex, provavelmente mais simplificada, com motor menor e tração apenas no eixo traseiro. Como referência, a antiga SW4 com motor 2.7 flex e tração 4×2 até agora era tabelada em R$ 135.850, enquanto a diesel 3.0 4×4 começava em R$ 204.800.
Por dentro, o utilitário exibe agora caprichos no acabamento que fazem falta na picape, como painel revestido em couro e detalhes em madeira no volante e nas portas. Também têm peças que imitam aço escovado, o que deixou o interior mais requintado.
![Toyota SW4 / Fortuner Toyota SW4 / Fortuner](https://gutenberg.quatrorodas.abril.com.br/wp-content/uploads/2016/11/56c5e5e382bee10ed502b4bbqr-677-carro-sw4-04-tif.jpeg?quality=70&strip=all&strip=all&w=1024&crop=1)
O quadro de instrumentos conta com um visor digital de 4,2 polegadas com informações do computador de bordo. Um monitor central de 7 polegadas, de fácil manuseio e sensível ao toque, controla o sistema de áudio e navegação, além de mostrar as imagens captadas por uma câmera traseira. Parte das funcionalidades das duas telas também pode ser acessada por botões no volante, recurso herdado da nova picape.
![Toyota SW4 / Fortuner Toyota SW4 / Fortuner](https://gutenberg.quatrorodas.abril.com.br/wp-content/uploads/2016/11/56c5e5e382bee10ed502b4bdqr-677-carro-sw4-05-tif.jpeg?quality=70&strip=all&strip=all&w=1024&crop=1)
Acima do porta-luvas há um compartimento refrigerado que acomoda até duas garrafas de 600 ml. A versão mais cara oferece ainda bancos forrados em couro e ajustes elétricos nos assentos dianteiros. Com chave presencial, a partida do motor é feita por botão e não há mais a antiga alavanca para acionar a tração 4×4 (de série na diesel), que foi substituída por um comando giratório.
Como o utilitário está 9,5 cm mais comprido e 1,5 cm mais largo, os ocupantes ganharam mais espaço e conforto. Conforto, aliás, que está próximo ao de um automóvel de passeio, devido à maciez da suspensão.
Turma do fundão
A segunda fileira leva três adultos sem aperto, já a terceira fila continua sendo para duas crianças. Além do espaço limitado, o acesso aos bancos do fundão é complicado e requer esforço. Fora de uso, os assentos podem ser facilmente rebatidos ou içados e presos por uma alça, ampliando o porta-malas. Mas eles bem que poderiam ser embutidos no assoalho, como em vários de seus rivais. Do jeito que é, reduzem a visibilidade e o espaço para bagagem, além do risco de se tornar fonte de ruídos com o tempo. Para evitar o esforço de manusear a pesada tampa, o porta-malas é aberto e fechado eletricamente ao toque de um botão.
![Toyota SW4 / Fortuner Toyota SW4 / Fortuner](https://gutenberg.quatrorodas.abril.com.br/wp-content/uploads/2016/11/56c5e5e382bee10ed502b4c1qr-677-carro-sw4-07-tif.jpeg?quality=70&strip=all&strip=all&w=1024&crop=1)
Pelo menos as duas fileiras traseiras contam com saídas de ar independentes, sendo a do meio com ajuste digital próprio – o ar-condicionado principal é de duas zonas. Porta-copos e tomada de 220V (que no Brasil poderá ser 110/220V) completam os itens a bordo.
![Toyota SW4 / Fortuner Toyota SW4 / Fortuner](https://gutenberg.quatrorodas.abril.com.br/wp-content/uploads/2016/11/56c5e5e382bee10ed502b4b3img_5924.jpeg?quality=70&strip=all&strip=all&w=1024&crop=1)
Com nota máxima em teste de colisão na Austrália, ele é equipado com sete airbags, controle de estabilidade e um bem-vindo auxílio de partida em rampas, que segura o veículo por 2 segundos em ladeiras.
VEREDICTO:
A diferenciação da SW4 em relação à picape é bem-vinda. O SUV, agora, é muito mais que uma versão fechada da Hilux. E apesar do aumento substancial, ganhou qualidades para brigar com Land Rover Discovery Sport e Jeep Grand Cherokee, que ocupam a mesma faixa de preço.
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Preço | R$ 225.000 |
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Motor: | diesel, diant longitud., 4 cil. em linha, 16V, turbo, common rail; 92 x 103,6 mm; 15,6:1, 2.755 cm3; 177 cv a 3.400 rpm, 45,9 mkgf a 1.600 rpm |
Câmbio: | automático, 6 marchas, tração integral |
Direção: | hidráulica |
Suspensão: | duplo A (diant.) e eixo rígido com molas helicoidais (tras.) |
Freios: | discos ventilados (diat.) e tambores (tras.) |
Pneus: | 265/60 R18 |
Dimensões: | comprimento, 479,5 cm; altura, 183,5 cm; largura, 185,5 cm; entre-eixos, 275 cm; peso, 2.135 kg |
Tanque de combustível: | 80 litros |