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Já dirigimos o Fiat 600e, SUV elétrico que pode ser lançado no Brasil

Assim como fez com o 500, a Fiat resgatou do passado outro modelo, o 600, só que elétrico em formato de SUV. A novidade pode desembarcar no Brasil este ano

Por Joaquim Oliveira Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO
16 abr 2024, 19h00
fiat 600e
600e tem visual simpático, com estilo baseado em seu irmão menor (Divulgação/Quatro Rodas)
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À primeira vista, pode parecer que o novo Fiat 600e é a versão elétrica do SUV 500X. Não é. O 500X, que utiliza a base do Jeep Renegade, continua a ser produzido com motores a combustão. Já o Fiat 600e divide a plataforma eCMP2 com outro Jeep, o Avenger, e também com o Peugeot e-2008.

O novo Fiat é uma alternativa mais familiar ao 500e. Em relação ao icônico modelo, de quem herda parte do estilo, ele é 54 cm maior em comprimento (4,17 m, ante 3,63 m) e tem 24 cm a mais na distância entre-eixos (2,56 m x 2,32 m). O porta-malas é quase o dobro (360 l x 185 l).

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Além da motorização elétrica pura, 600e terá uma versão híbrida leve, com motor 1.2 de 100 cv (Divulgação/Quatro Rodas)

O 600e foi desenvolvido em Turim, na Itália, sede mundial da Fiat, onde é produzido o 500e. Sua produção do SUV, porém, está concentrada na fábrica de Tychy, na Polônia.

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Embora (obviamente) seja mais espaçoso que o 500e, no 600e não mais do que quatro adultos podem viajar com espaço suficiente. Um terceiro passageiro adulto no banco traseiro ficará consideravelmente espremido no centro (o que é normal nesse segmento), num banco traseiro central mais duro e estreito.

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Funções mais usadas permanecem com botões físicos para acionamento (Divulgação/Quatro Rodas)

Para incomodar esse passageiro ainda mais, existe uma intrusão no piso por se tratar de uma plataforma híbrida. Em compensação, a altura é suficiente para pessoas de até 1,90 m e o espaço para pernas também é suficiente.

O motorista tem pouco do que se queixar. O banco dispõe de massagem e ajustes elétricos. O painel exibe configuração horizontal e inclui os botões do câmbio, que substituem qualquer tipo de alavanca. Felizmente, alguns comandos físicos foram mantidos, caso das funções de ar-condicionado.

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SUV compacto tem espaço para quatro ocupantes a bordo e porta-malas com capacidade de 360 litros de bagagem (Divulgação/Quatro Rodas)

Todas as superfícies do painel e das portas são duras, mas isso é normal para um B-SUV (ou crossover), especialmente em casos de modelos 100% elétricos. Isso porque a estratégia de preço, durante o desenvolvimento, costuma ser engolida pelo custo das baterias.

fiat 600e
(Divulgação/Quatro Rodas)

O motor dianteiro tem 156 cv e 26,5 kgfm de torque no modo Sport. Pesando pouco mais de 1.500 kg e com potência limitada, você ficará mais satisfeito com a aceleração inicial imediata do que com o tempo necessário para ir de 0 a 100 km/h, que é de 9 segundos. E somente se você ativar o modo Sport, já que em Eco (com forças limitadas a 82 cv e 18,3 kgfm) e em Normal (109 cv e 22,4 kgfm) ele é muito mais preguiçoso. A velocidade máxima vai a 150 km/h.

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(Divulgação/Quatro Rodas)

Em relação aos níveis de recuperação, é possível deixar o carro solto ou mudar para a posição B, para aumentar a desaceleração e a recuperação de energia (de 15 kW para 45 kW quando se solta o acelerador). Mas não se trata de um One Pedal, o que significa que o Fiat não irá parar completamente quando for retirado o pé do acelerador.

A suspensão é um pouco firme, especialmente com pneus 215/65 R16, caso do modelo avaliado. Isso significa que a estabilidade é muito boa (a bateria pesada no piso também ajuda) mesmo quando se adota um estilo de dirigir mais esportivo em curvas. Por outro lado, o sistema não consegue isolar completamente as imperfeições do piso (ressaltos maiores ou buracos mais profundos), o que incomoda em situações de asfalto malconservado.

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Design da dianteira dá ao carro visual de personagem de desenho animado (Divulgação/Quatro Rodas)

O fato de o Fiat 600e usar uma suspensão traseira com barra de torção – com haste Panhard –, em vez de um sistema independente, também afeta o conforto, especialmente para quem viaja no banco de trás.

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A direção parece excessivamente leve e, mesmo no modo Sport, não muda muito. Nesse caso, a única diferença perceptível é a resposta do motor. E o fato de o volante ter um grande número de voltas de batente a batente (2,75) também não ajuda a tornar a condução mais envolvente.

O curso inicial do pedal do freio (que demora a responder) não deverá fazer potenciais clientes desistirem do 600e, mas definitivamente não contribui para a confiança do motorista, pelo menos até que ele se acostume com a ação de frenagem retardada.

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(Divulgação/Quatro Rodas)

O quadro de instrumentos de 7” mantém a moldura do 500e e fornece muita informação quando combinado com a tela central sensível ao toque de 10,25”. Os gráficos e o software requerem pouco tempo para que o usuário se sinta familiarizado, com lógica intuitiva e gráficos suficientemente nítidos. O sistema permite conexão sem fio para iOS e Android.

Existem algumas opções de individualização que utilizam frisos coloridos, mas não é possível deixar de notar algumas imperfeições de ajuste e acabamento (como na área que envolve o espelho retrovisor interno).

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A identificação do modelo pelo número 600 e a letra “e” é vista em diferentes partes do SUV (Divulgação/Quatro Rodas)

Não há porta-objetos nas portas traseiras, assim como saídas de ventilação para quem vai atrás. Mas, ao menos, os ocupantes irão apreciar a posição elevada dos assentos (em relação aos dianteiros) e a posição confortável do piso baixo, o que é possível porque as baterias não são montadas na área dos pés, ao contrário do que ocorre em muitos carros elétricos.

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O sistema de propulsão de 400 volts combina uma bateria de íons de lítio de 54 kWh (51 kWh líquidos), montada sob o assoalho. A autonomia WLTP é de 409 km (ou até 604 km em cidade). O carregamento pode ser feito a uma potência de 11 kW (Corrente Alternada), por meio da qual o tempo de recarga é de 5h45min. Em sistema de 100 kW (Corrente Contínua), o tempo cai para 27 minutos, para uma recarga de 20 a 80%. Em uma tomada de 3,7 kW, serão necessárias longas 16h10 para uma carga de 0 a 100%.

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(Divulgação/Quatro Rodas)

Em nosso test-drive, o consumo de energia foi muito superior aos valores anunciados: em vez da média de 15,2 kWh/100 km, terminamos o percurso de 140 km (incluindo estradas e trechos urbanos), com média de 24,3 kWh/100 km. Embora o ato de testar um carro implique acelerações e velocidades mais fortes do que aquelas sob as quais a homologação é feita, é mais sensato contar com uma autonomia entre 250 e 350 km quando se usa o veículo em roteiros mistos.

Além dessa versão totalmente elétrica, haverá uma opção híbrida leve, que vai conciliar um motor 1.2 de 100 cv e um elétrico de 28 cv, assistido por uma pequena bateria e um sistema de arranque-alternador de 48 V.

fiat 600e
(Divulgação/Quatro Rodas)

Na Europa, o 660e tem duas versões: Red e Prima, com preços de 36.490 e 42.490 euros (R$ 194.000 e R$ 225.600). No Brasil, a Stellantis desconversa, mas o site Autos Segredos apurou que ele pode chegar no segundo semestre deste ano.

Veredicto Quatro Rodas – Maior que o 500e, este SUV tem características interessantes para nosso mercado.

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Ficha Técnica – Fiat 600e

Preço: 34.500 (euros)
Motor: diant., elétr., 156 cv; 26,5 kgfm
Bateria: íons de lítio, 54 kWh
Carga: 5h45 (11 kW, AC), 27 min (100 kW, DC)
Câmbio: autom., 1 marcha, tr. diant.
Direção: elétrica
Suspensão: McPherson (diant.), eixo torção (tras.)
Freios: disco ventilado (diant.), sólido (tras.)
Pneus: 215/65 R16
Dimensões: compr., 417,1 cm; larg., 178,1 cm; alt., 152,3 cm; entre-eixos, 256,2 cm; peso, 1.520 kg
Desempenho*: 0 a 100 km/h, 9 s; veloc. máx., 150 km/h; autonomia, 409 km (WLTP)

*Dados de fábrica

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