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Kawasaki Ninja 250R x Dafra Roadwin 250 x Kasinski Comet GT 250R

À espera da CBR 250R, as pequenas carenadas se enfrentam

Por Ismael Baubeta | Fotos: Christian Castanho
Atualizado em 9 nov 2016, 11h57 - Publicado em 9 Maio 2012, 11h14
Kawasaki Ninja 250R x Dafra Roadwin 250 x Kasinski

O segmento das pequenas esportivas carenadas ficou hibernando por anos a fio. Apenas a Kasinski, meio acanhada, mantinha em linha a coreana Comet GT 250R, da Hyosung. Em meados de 2009, a Kawasaki virou a mesa ao anunciar como seu principal produto de batalha para o país a insinuante Ninja 250, que logo dominou os sonhos da meninada. Agora, em 2012, o verão esquentou de vez a chapa das 250 esportivas: a Dafra lançou no mês passado a Daelim Roadwin 250R e a Honda confirma para esta primavera a CBR 250R (edição nº 35), monocilíndrica que resgata a cilindrada de um quarto de litro para a marca líder. Enquanto a CBR, não chega, as três pequenas carenadas se defrontam neste teste.

A posição de pilotagem da Roadwin e da Ninja é bem parecida. As duas têm semiguidões mais altos, fixados sobre a mesa. Eles deixam a posição de pilotagem mais ereta e relaxada, mais confortável que na Kasinski. A Comet GT 250R tem três posições de regulagem nas pedaleiras. É um ótimo recurso, mas não torna o modelo mais confortável. Ninja 250R e Roadwin 250R são mais leves e estreitas. O ângulo mais amplo de esterçamento das duas ajuda na maneabilidade urbana.

O farol em escudo vertical e as entradas de ar na frente da Kasinski Comet remetem às Ducati. A suspensão dianteira invertida e os dois discos de freio ajudam a encorpar o modelo, assim como o tanque largo. As rodas de liga leve com seis raios parecem desatualizadas. Na carenagem, os recortes para entrada e saída de ar deixam à mostra o V2 de oito válvulas, o motor mais bonito do grupo. A rabeta é afilada e as duas alças conferem agressividade ao conjunto.

A Ninja tem farol duplo que a deixa com ar feroz. Além de agressiva no design, é mais magra que a Kasinski. Assim como na Dafra, o tanque é vulcão, estreito. A carenagem tampa o motor twin e tem belas saídas de ar. A bolha protege o piloto quando deitado. A rabeta é pequenina e não tem alça para garupa. As rodas de seis raios em V são bonitas e atuais. Os discos de freio wave valorizam o visual esportivo.

A coreana Daelim Roadwin lembra as primeiras CBR 600RR. Os dois faróis simétricos têm entrada de ar entre eles. As carenagens de encaixes perfeitos encobrem o monocilindro e têm dois cortes para dissipação do calor. O tanque é estreito e tem a menor capacidade, 15 litros contra 17 das outras duas, compensada pela economia do monocilindro de 24 cv. A Roadwin chegou a fazer até 36 km/l, mostrando-se a mais econômica. Com a mesma tocada calma, o consumo foi de 26 km/l para a Comet e de 24 km/l para a Ninja.

O acabamento das três é de bom padrão, com destaque para a Kawasaki. Os painéis das coreanas são mais atuais que o da japonesa, que utiliza três mostradores redondos com ponteiros. A combinação de conta-giros analógico e velocímetro e demais informações digitais da Comet e da Roadwin parece mais moderna – e de fato é.

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Os 33 cv a 11 000 rpm do twin da Ninja levam vantagem sobre o V2 de 32,1 cv a 10 500 rpm da Comet e o monocilíndrico de 24 cv a 9 000 rpm da Roadwin fica atrás. A Roadwin precisou de 14,3 segundos para atingir 100 km/h partindo da imobilidade, enquanto a Ninja 250R fez a prova em 9,6 segundos e a Comet GT-R, em 11,6.

Ninja e Comet R têm picos de torque muito semelhantes: são 2,24 “quilos” a 8 200 rpm da Ninja, contra 2,31 mkgf a 8 000 rpm da Comet. Apesar disso, têm respostas ao acelerador muito diferentes. Em baixa rotação, o V2 coreano empurra mais fluentemente que o dois-em-linha japonês, sensação que se inverte nas rotações mais altas.

Só o câmbio da japonesa tem seis velocidades – uma evidente vantagem técnica. A caixa da Roadwin cedida para este teste mostrou-se algumas vezes dura no engate da segunda.

A Ninja 250R é a mais equilibrada das três. Sua suspensão tem rigidez suficiente para proporcionar boa estabilidade sem comprometer o conforto.

É uma característica comum: as pequenas carenadas têm bons freios.

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A Ninja 250R é a vencedora deste confronto, seguida de Comet GT 250R e Roadwin 250R. Quem quiser a melhor 250 esporte vai ter que pagar mais. A diferença entre a Ninjinha e a Roadwin é de quase 4 000 reais, significativa nessa faixa de mercado.

KAWASAKI NINJA 250R

TOCADA

A Ninja 250 é a mais confortável das três, ágil e fácil de direcionar. Os freios são muito bons, mas ela merecia pneus melhores.

★★★★

DIA A DIA

A posição de pilotagem é relaxada, assim como na Dafra. É ágil no trânsito, uma boa moto para uso diário.

★★★★ ESTILO

Ainda atual, seu design – apesar de não ter mudado desde seu lançamento – é moderno e remete às irmãs maiores.

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★★★★

MOTOR E TRANSMISSÃO

Seus 33 cv são um pouco lentos nos baixos giros, mas, quando as rotações sobem, a diversão é garantida.

★★★★

SEGURANÇA

A Ninjinha tem boa estabilidade em todas as situações e seus freios são potentes – o disco único na dianteira dá conta do recado com propriedade.

★★★★

MERCADO

A mais cara de todas vai sofrer com a chegada da Honda CBR 250R, por cerca de 14 200 reais. Por enquanto, vai sossegada.

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★★★★

KASINKI Comet Gt 250R

TOCADA

A posição é a mais esportiva das três, portantomenos confortável. No uso cotidiano, pode ser cansativa.

★★★

DIA A DIA

No trânsito, o pouco ângulo de esterçamento atrapalha as manobras.

★★★

ESTILO

Apesar de ser a mais antiga, ainda é atual e chama atenção: confunde-se com motos de maior cilindrada.

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★★★★

MOTOR E TRANSMISSÃO

Apesar da cavalaria próxima da Ninja, o motor V2 a ar demora mais para atingir as rotações máximas.

★★★

SEGURANÇA

As suspensões mais macias e a menor rigidez torcional a fazem chacoalhar um pouco nas curvas e frenagens mais fortes.

★★★

MERCADO

Com preço intermediário e motor V2, ainda deve ter fôlego para enfrentar a nova Roadwin 250R e a futura CBR 250R.

★★★

DAFRA ROADWIN 250R

TOCADA

As suspensões são firmes e permitem ótima inclinação. Os pneus ajudam no serviço.

★★★★

DIA A DIA

Apesar da carenagem, sua condução é tranquila no uso diário e a posição confortável proporciona agilidade no trânsito.

★★★★

ESTILO

O design é bonito e moderno, sem ser superagressivo. O porte é de moto maior.

★★★★

MOTOR E TRANSMISSÃO

É a menos potente das três: tem 24 cv. O torque na saída é bom, mas custa um pouco a atingir velocidade.

★★★

SEGURANÇA

Tem um bom par de freios dianteiros, superdimensionados para a capacidade de aceleração. Os pneus ajudam nas curvas e frenagens.

★★★

MERCADO

É novidade e bonitinha. Mas, recém-lançada, ainda não construiu imagem nem reputação. O preço é atraente para o apelo visual.

★★

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