Nada como o convívio para fortalecer um relacionamento. Mas nem tudo são flores e há algumas fases em que o dia a dia revela mais pontos negativos do que positivos. Ultimamente, tem sido assim a nossa relação com o Cruze.
O designer Fabio Paiva voltou de uma viagem se queixando do mau funcionamento do sistema de alerta de presença de veículos no ponto cego. “Basta chover forte e o dispositivo começa a disparar alarmes falsos, acendendo a todo instante a luz de alerta nos retrovisores externos. É bem verdade que seria pior se não indicasse a presença real, mas é suficiente para causar uma forte sensação de insegurança, pois não dá para simplesmente ignorar o aviso”, explica Fabio.
Diante da constatação, o editor o editor Péricles Malheiros complementou: “Na última ocasião em que peguei o Cruze na chuva, tive a impressão de que o sistema estava emitindo alertas desnecessariamente. Mas como o tempo melhorou rapidamente, não consegui confirmar o mau funcionamento”.
O editor também se queixou bastante de um ponto já criticado por aqui: o excesso de reflexos na cabine em dias ensolarados. “Entendo que está no DNA da Chevrolet a aplicação de adereços cromados, é uma herança do mercado norte-americano. Mas essa é uma questão que deveria ser reavaliada em um país com tantos dias de sol como é o Brasil.
Sempre que faço viagens longas, levo alguns panos e fita adesiva para cobrir os apliques cujo reflexo atrapalha a visão, seja direcionando a luz diretamente nos olhos ou nos vidros laterais, na região de consulta aos retrovisores externos”, diz Péricles.
A passagem de um Cruze da própria GM, cedido para avaliação, evidenciou alguns problemas de acabamento na nossa unidade. O piloto de testes Eduardo Campilongo se espantou ao analisar a lateral do painel, na área de encontro com a porta. “O vão entre as partes é muito grande e irregular. Parece que o plástico foi deformado por calor”, disse.
Apesar de tantas críticas, é preciso ser justo: ao lado do Audi A3, o Cruze segue como o modelo mais requisitado para viagens. Que o diga o jornalista da Veja São Paulo Rudah Poran, que rodou pelo interior paulista com o Cruze. “Estávamos em quatro adultos mais uma porção de equipamentos. Mesmo assim, sobrou espaço na cabine e no porta-malas”, disse.
Chevrolet Cruze – 32.462 km
Consumo
- No mês: 8,6 km/l com 15,1% de rodagem na cidade
- Desde out/16: 8,5 km/l com 17,4% de rodagem na cidade
- Combustível: etanol
Gastos no mês
- Combustível: R$ 2.251
Ficha técnica
- Versão: LTZ 1.4T
- Motor: 4 cil., diant., transv., 1.399 cm3, 16V, flex, 153/150 cv a 5.200/5.600 rpm, 25,5/24 mkgf a 2.000/2.100 rpm
- Câmbio: aut., 6 marchas