Todo motorista sabe bem: verão e outono são os períodos do ano com mais armadilhas para os carros.
Mais do que o alto risco de alagamentos, é preciso estar especialmente atento aos buracos entre os meses de dezembro a abril, que é quando caem chuvas torrenciais – e quando ainda se encontra resquícios desses temporais em nossas malhas rodoviárias.
Mas há situações em que, além de atenção, é preciso ter sorte. “Havia chovido o dia inteiro. De noite, ao voltar para casa, me deparei com um enorme buraco. Pensei em jogar para a direita, mas um ônibus impossibilitou a manobra”,conta o editor de Longa Duração, Péricles Malheiros.
“Só me restou frear o mais forte possível antes de entrar na cratera. Passei devagar por ela, tanto que o impacto nem foi assustador. Mas o pneu dianteiro rasgou e perdeu pressão de imediato”, acrescenta.
Ao encostar o Virtus em frente a um restaurante para colocar o estepe, um funcionário disse: “A chuva levou o asfalto que haviam colocado para tapar o buraco. O seu carro é o terceiro a cair nele só hoje. Serviço malfeito dá nisso”.
Com um corte duplo na lateral, o pneu acabou condenado, pois, por questão de segurança, reparos só são possíveis quando o dano atinge a banda de rodagem.
Como o estepe é do tipo roda de emergência, ou seja, com roda de aço e pneu estreito (185/60 R15 ante 205/50 R17), acabamos comprando um par de pneus novos
Especialistas recomendam que não se coloque no mesmo eixo pneus com mais de 20.000 km de diferença de rodagem entre si – o incidente foi aos 33.243 km.
Na fase de cotação de preços, a surpresa: nenhuma das cinco autorizadas em que ligamos tinha o pneu do Virtus.
Partimos, então, para as lojas independentes. Seguindo outra recomendação de especialistas e técnicos, consideramos a possibilidade de mudar de marca e modelo, mantendo ou superando as especificações do original.
Até encontramos um par do mesmo modelo (Dunlop Sport BluResponse), mas, por conta do preço muito alto (R$ 830 cada um), optamos pelo Dunlop SP Sport LM704 205/50 R17 89V (R$ 389).
Pelo par, já montado, alinhado, balanceado e com válvulas novas, pagamos R$ 898. O reparo da roda, levemente amassada na borda interna, custou outros R$ 150.
Volkswagen Virtus – 35.130
Consumo
- No mês: 10,4 km/l com 23,3% de rodagem na cidade
- Desde jun/18: 11,6 km/l com 24,3% de rodagem na cidade
Ficha técnica
- Versão: Highline 200 TSI
- Motor: 3 cilindros, dianteira, turbo, injeção direta, transversal, 999 cm3, 12V, 128/116 cv a 5.500 rpm, 20,4 mkgf a 2.000 rpm
- Câmbio: automático, 6 marchas
- Combustível: flex (gasolina)
- Seguro (perfil QUATRO RODAS): R$ 2.440
- Revisões (até 60.000 Km): R$ 1.820