Longa Duração: nossas impressões de Onix, Tiggo 5X, C4 Cactus e Outlander
No uso, os carros da nossa frota de teste deixam suas características (boas e ruins) mais evidentes
O Longa Duração reproduz o dia a dia do comprador de um carro novo. Com o passar dos meses (e dos quilômetros), os veículos da frota conquistam e até conseguem mudar as impressões de nossa equipe. Mas também deixam evidentes falhas e deslizes do projeto que só vêm à tona no uso cotidiano.
Citroën C4 Cactus Feel Pack por Eduardo Campilongo, piloto de testes
Gosto bastante do conjunto do C4 Cactus como um todo. É bonito, confortável e, mesmo não sendo muito grande, tem espaço interno bom até no banco traseiro, e o porta-malas, com 320 litros, traz a vantagem de ser amplo e não tão profundo.
Rodei bastante com ele no decorrer do teste e elegi seu banco como um dos melhores da nossa frota nos últimos tempos. Posso dirigir por horas sem ficar cansado.
A força do motor 1.6 não sobra, mas o desempenho é honesto e faz boas médias de consumo. Confesso que até poderiam ser melhores, mas é difícil se acostumar ao modo Eco. Com ele o carro muda completamente: o acelerador fica bobo e as reações do câmbio demoram. O melhor mesmo é deixar no modo normal.
Chevrolet Onix Plus Premier por Gabriel Aguiar, repórter
O Chevrolet Onix Plus chegou ao Longa Duração pouco depois do VW Virtus. E, até agora, o sedã tem se saído muito bem nessa difícil disputa. Não é complicado entender os motivos para isso: há muito espaço, bons equipamentos de série e, quem diria, até um toque de esportividade.
Já fomos companheiros de estrada, incluindo uma viagem de 3.000 km. Depois disso, o modelo se tornou um dos meus favoritos no Longa, com fôlego para não passar nenhum aperto e suspensão firme e estável.
Mas é claro que nem tudo é perfeito. Afinal, o Onix Plus exige alguma adaptação. Faltam borboletas atrás do volante e, no câmbio, há apenas limitador de marchas, e os vidros com função um toque baseado no tempo que você pressiona os botões.
Mitsubishi Outlander HPE-S 2.2 por Henrique Rodriguez, editor assistente
Confesso que tinha uma outra percepção a respeito do Outlander antes do seu teste no Longa Duração. Pelo tamanho, é de se esperar que seu espaço interno seja ótimo, mas não que seja tão fácil manobrá-lo: é um carro com 4,70 m de comprimento e só 10,6 m de diâmetro de giro.
O motor 2.2 turbodiesel de 165 cv é forte e o câmbio, automático de seis marchas, muito bem acertado. A tração integral já me livrou de alguns apuros, como uma poça de óleo no meio de uma curva.
Mas ele precisa de uma atualização nos sistemas. A central multimídia poderia ter tela melhor e maior, e a frenagem de emergência (foi um dos primeiros carros com isso no Brasil) às vezes atua sem necessidade, dando sustos na gente.
Caoa Chery Tiggo 5X por Leonardo Barboza, piloto de testes
O Tiggo 5X mudou meu conceito sobre os carros de origem chinesa. Gosto do acabamento, dos bancos, do bom isolamento acústico da cabine, do sistema de som e até do barulho do fechamento das portas.
A suspensão também me agrada. Considerando as rodas aro 18, até que absorve bem as imperfeições da pavimentação de nossas ruas. Na estrada, me impressiona a estabilidade direcional em longas retas.
Quanto ao motor, o 1.5 Turbo de 150 cv entrega bom desempenho. Quem deixa a desejar é a transmissão automatizada de dupla embreagem. As trepidações em saídas e trocas de marcha, que a Chery sempre promete resolver com a atualização do módulo do câmbio, proporciona um certo mal-estar e até preocupa os passageiros.
Enfim, me surpreendi muito com o Tiggo 5X e com exceção da transmissão de dupla embreagem, só tenho boas impressões.
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