Longa Duração: relembre o 2019 de Compass, Virtus, Kwid, Tiggo e cia
É hora de relembrar as estreias e despedidas que movimentaram o ano de nossa frota, que ainda teve Prius, C4 Cactus e Outlander
Neste ano, desmontamos e demos adeus a Compass, Prius e Kwid. Mas também vimos a estreia de Tiggo 5X, C4 Cactus e Outlander. E ainda tem o Virtus, que entrou para a frota em 2018 e está às vésperas da aposentadoria.
É hora de relembrar os principais acontecimentos do ano:
Jeep Compass Longitude 2.0 4×4 diesel
A chegada do Compass, em setembro de 2017, colocou fim a um jejum de 20 anos sem um veículo a diesel na nossa frota – o último havia sido a Ford F-1000, desmontada em 1997.
A tração 4×4 deu conta da lama, mas descobrimos que, apesar da vocação para o off-road, o Jeep é desprovido de zonas de fácil acesso para fixação de ganchos de reboque.
No desmonte, ele se mostrou melhor que o Renegade, mas também ficou claro que a marca ainda tem que aprimorar um pouquinho o produto (houve apagões do painel e da central eletrônica) e a rede autorizada (como a dificuldade de solucionar as falhas eletrônicas e os ruídos).
Toyota Prius 1.8 16V Hybrid
Corolla e Etios passaram pelo Longa Duração cobertos de elogios por conta do atendimento da rede de assistência. Sempre cordial, ágil e eficiente, as concessionárias Toyota costumam ser o destaque positivo.
Não à toa, esperávamos desempenho semelhante no atendimento ao Prius. Ledo engano. Dessa vez, aliás, foi exatamente o oposto.
Displicente, errou no início da jornada (deixou nosso carro aberto no showroom), no meio (fez todos os rodízios de pneus fora de conformidade) e no fim (já na fase final, após um acidente de trânsito, realizou um dos piores reparos de funilaria e pintura da história do Longa Duração).
Renault Kwid Intense 1.0 12V
Raramente ocorrem casos de reprovação no Longa Duração, mas o Kwid escapou por pouco.
A situação mais grave foi nos freios – e começou antes do início do teste. Acontece que a concessionária que nos vendeu o carro fez a entrega sem a execução do reparo de correção do recall decretado meses antes.
E o pior: só fomos descobrir isso na revisão dos 10.000 km. Além disso, tivemos três trocas de pastilhas e uma de discos. A suspensão também se mostrou frágil.
Não passou por recall, mas foi preciso trocar os amortecedores aos 36.000 km e ainda assim a bucha das duas bandejas foram encontradas rompidas no desmonte.
Chery Tiggo 5X TXS 1.5 16V Turbo
Ao assumir o comando da Chery no país, a Caoa pegou para si a responsabilidade de reconstruir a imagem de uma marca desacreditada. Nesse sentido, até aqui, a estratégia está dando certo.
Por isso mesmo o Longa Duração precisava incorporar um dos seus principais modelos: o Tiggo 5X. Escolhemos a versão TXS e, em julho, ele estreou na frota.
A lista de opcionais é vasta, mas faltam retrovisor interno eletrocrômico e ajuste de profundidade da coluna de direção.
Em algumas situações, o sistema de dupla embreagem hesita entre a primeira e segunda marchas, mas, no geral, a dirigibilidade tem agradado a todos.
Citroën C4 Cactus Feel Pack 1.6 16V
Uma pesquisa na internet revela que linhas de pipa com cerol representam um perigo em potencial para donos de automóveis, não apenas de motos. Aconteceu com o nosso C4 Cactus.
Ao chegar à garagem da Editora Abril, observamos o que parecia ser um risco comum, mas logo notamos se tratar de um dano causado pelo atrito com uma linha de pipa.
Além do capô, toda a área da grade frontal foi atingida, chegando, inclusive, a ser cortada. Outro problema inusitado ocorreu: com uma bolha no LCD, o quadro de instrumentos precisou ser substituído por um novo. Ao menos a troca foi feita em garantia.
Mitsubishi Outlander 2.2 Turbodiesel
Em setembro, o Longa Duração pagou uma dívida antiga: compramos um Outlander e, pela primeira vez, a seção passou a contar com um Mitsubishi. E ele começou acelerado.
Atingiu rapidamente os 1.000 km, foi submetido ao primeiro teste e saiu do nosso campo de provas, em Limeira (SP), diretamente para a sua primeira grande viagem, rumo a Brasília (DF).
O conforto de rodagem na estrada foi elogiado, mas o acionamento indevido do sistema de frenagem autônoma em perímetro urbano vem recebendo críticas de diferentes motoristas e de maneira cada vez mais constante.
Volkswagen Virtus Highline 200 TSI
A alta eficiência do motor 1.0 TSI sempre foi o item mais comentado do Virtus.
No entanto, nos últimos tempos, repetidos casos de infiltração de água no porta-malas passaram a chamar mais a atenção do que o moderno três-cilindros 1.0 com turbo e injeção direta de combustível.
Pior de tudo: a rede Volkswagen tentou, por duas vezes, conter a infiltração, mas não teve sucesso. Antes da chegada do período das águas, um incidente típico de quem roda em São Paulo: um buraco rasgou um dos pneus.
Prejuízo de R$ 1.048 (R$ 150 o reparo da roda e R$ 898 o par de pneus).